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O republicano Ron DeSantis, governador da Flórida.
O republicano Ron DeSantis, governador da Flórida.| Foto: EFE/Giorgio Viera

A Corte Suprema da Flórida, nos Estados Unidos, autorizou, a pedido do governador do estado, o republicano Ron DeSantis, que um grande júri investigue supostas irregularidades relacionadas às vacinas contra a Covid-19 e seus respectivos fabricantes.

DeSantis solicitou por escrito na semana passada que a Corte Suprema estadual designe um grande júri para "investigar todas e cada uma das irregularidades na Flórida sobre as vacinas contra a Covid-19".

Apesar do consenso científico generalizado sobre a eficácia dos imunizantes, DeSantis sugeriu no documento que a apuração tenha como objetivo trazer à tona mais informações sobre as companhias farmacêuticas e os efeitos secundários das vacinas.

A ordem da Corte Suprema estabelece que o grande júri pode investigar "fabricantes farmacêuticos (e seus diretores) e outras associações ou organizações médicas" envolvidas no uso de "vacinas que, supostamente, previnem a infecção, os sintomas e a transmissão" da Covid-19.

Além disso, o grande júri também poderia averiguar supostas "irregularidades ou atividades criminosas que sejam descobertas durante a realização da investigação", aponta a ordem da Corte Suprema.

A comissão formada, que também pode emitir recomendações ou acusações, será presidida pelo juiz do Tribunal de Circuito Ronald Ficarrotta, de Tampa, na costa oeste do estado, conforme publicou o jornal Orlando Sentinel.

DeSantis figura entre os principais candidatos republicanos à presidência dos EUA

DeSantis, que já figura como um dos possíveis candidatos republicanos nas eleições presidenciais de 2024, tem sido insistente em mostrar preocupação com os efeitos secundários das vacinas contra a Covid-19.

No documento de 29 páginas em que pediu a formação do grande júri, o governador mencionou a "crença generalizada de que as vacinas contra a Covid-19 evitariam que a doença se propagaria", algo que "o próprio presidente dos Estados Unidos acreditou que era correto", em referência a Joe Biden.

"Tratou de impor uma variedade de requisitos de vacinação ao povo americano, incluindo os profissionais de saúde e os integrantes do exército, que se basearam na noção de que as pessoas não vacinadas propagam o vírus", afirma DeSantis no documento.

No texto, o governador critica o Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC), órgão que rege a política de saúde dos EUA, e o epidemiologista Anthony Fauci, que se tornou o principal assessor do governo sore a pandemia.

"É impossível imaginar que tantas pessoas influentes chegaram a esse ponto de vista pela própria conta. É provável que pessoas e empresas com incentivo criaram essas percepções para conseguir vantagens financeiras", afirma o governador.

DeSantis cita aumento nos casos de miocardites e pericardites em pessoas que receberam a vacina contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna.

Além disso, aponta que o Departamento de Saúde da Flórida realizou uma análise própria sobre o risco de mortalidade depois da inoculação de vacinas com tecnologia de RNA mensageiro, que teria encontrado "um aumento na incidência relativa de mortes realcionadas com o coração em homens de 18 a 39 anos, 28 dias depois da vacinação".

A Flórida, governada por DeSantis, registrou 7,2 milhões de casos de Covid-19 desde março de 2020, a quantidade mais alta entre os estados americanos, depois da Califórnia (11,6 milhões) e do Texas (8,1 milhões). O número de mortes causadas pelo vírus no estado, até a última quinta-feira (22), era de 83.606.

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