
O secretário de Interior do México, Juan Camilo Mouriño, e mais 13 pessoas morreram na noite desta terça-feira (4) na queda de um avião na capital mexicana. Além dos 14 mortos, pelo menos 40 pessoas ficaram feridas e 30 veículos foram destruídos ou danificados.
O avião, de propriedade do governo, levava nove pessoas a bordo e caiu em uma área urbana em um bairro de classe média alta da Cidade do México. Pelo menos cinco das pessoas mortas no desastre estavam no solo. Não houve sobreviventes entre os tripulantes e passageiros.
Embora tenha assegurado, inicialmente, que foi um acidente, o governo do México informou que investigará a queda e pediu a ajuda de especialistas americanos e britânicos. Mouriño combatia os poderosos cartéis do narcotráfico no norte do México.
"Sua morte me causa um enorme pesar", disse o presidente mexicano Felipe Calderón. Morreram outros cinco funcionários do governo, o piloto, o co-piloto e uma tripulante.
Mouriño, de 37 anos, era ligado a Calderón antes de o presidente assumir o governo, o que ocorreu em dezembro de 2006. Desde a posse do presidente, ele era ministro.
Trata-se do segundo cargo político mais importante depois do presidente. Mouriño estava envolvido em uma polêmica com a esquerda, que o acusava de favorecer a família para obter contratos com a estatal Petróleos Mexicanos (Pemex).
O ministro ainda coordenava o gabinete de segurança, área estratégica do governo. Calderón tenta enfrentar a crescente violência causada pelos narcotraficantes no país.
O pai do ministro morto é Carlos Mouriño, presidente do clube de futebol espanhol Celta de Vigo, atualmente na segunda divisão. Além de Mouriño, morreu no acidente outro funcionário graduado, o ex-procurador José Luis Santiago Vasconcelos, que chefiou a luta contra as drogas no México.
Vasconcelos, no passado, perseguiu traficantes mexicanos, alguns dos quais foram extraditados aos Estados Unidos. Ele foi vítima de pelo menos uma tentativa de assassinato no passado. Mouriño nasceu em Madri, na Espanha, mas foi criado no México. A família do funcionário é natural da Galícia.
"Não existem indicações que apóiem a possibilidade de que o desastre tenha sido outra coisa além de um acidente", disse o secretário dos Transportes do México, Luis Téllez. "Mas nós investigaremos tudo até que todas as possibilidades sejam esgotadas", afirmou.
O Learjet 24 caiu no elegante bairro de Lomas de Chapultepec, no centro da Cidade do México. Os funcionários retornavam à capital após uma reunião de trabalho em San Luis Potosí, 350 quilômetros ao norte.
Téllez disse que especialistas da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos e três da Autoridade de Aviação Civil da Grã-Bretanha participarão das investigações para determinar as causas do acidente. As informações são da Associated Press.



