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Religião

Acordo aproxima católicos e ortodoxos

Cidade do Vaticano – As igrejas ortodoxas reconhecem o Papa como "Primeiro Patriarca", mas discordam dos católicos sobre a interpretação de suas prerrogativas, segundo um documento conjunto aprovado pela Comissão Mista para o Diálogo Teológico entre Católicos e Ortodoxos. Este documento, tornado público ontem pelo Vaticano e as igrejas ortodoxas grega e cipriota e o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla (Istambul), foi aprovado por unanimidade na reunião que essa comissão realizou entre os dias 8 e 14 de outubro em Ravena (costa italiana do Mar Adriático).

O documento, disse o Vaticano, é fruto do trabalho de uma comissão e não deve se entender como uma "declaração magisterial" e, embora seja importante, já que os ortodoxos reconhecem o Papa como o Primeiro Patriarca, "não deve ser exagerado, já que o caminho em direção a uma unidade dos cristãos é ainda muito longo".

Assim informou à Rádio Vaticano o cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos. "É um modesto primeiro passo e como tal dá esperança, mas não podemos exagerar, já que na próxima reunião teremos que falar do papel do Bispo de Roma na Igreja universal", afirmou.

O texto, apresentado no Vaticano, Atenas, Chipre e Istambul, não foi assinado pela poderosa Igreja Ortodoxa Russa, que abandonou a reunião de Ravena devido à presença de uma delegação da Igreja Ortodoxa Autônoma da Estônia, que o Patriarcado Ortodoxo de Moscou não reconhece.

Kasper disse que a Igreja Católica está "triste" e "preocupada" por esse fato, já que considera "muito importante" que a Igreja Ortodoxa Russa participe do diálogo ecumênico.

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