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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (30), pouco antes de embarcar de volta ao Brasil, que o acordo entre o governo golpista de Honduras e o presidente deposto Manuel Zelaya mostra que prevaleceu o bom senso e que Honduras poderá voltar à normalidade. A lição desse episódio, segundo o presidente, é "que ninguém aceita mais golpes militares e que todo mundo defende o fortalecimento da democracia".

Lula mostrou-se otimista com relação ao cumprimento do acordo que, em seu ponto de vista, deveu-se à consciência do presidente golpista Roberto Micheletti de que não é possível governar contra a vontade da maioria. "Se já é difícil governar quando tudo está a favor, é muito mais difícil quando tudo está contra", disse. "Eu acho que tudo vai terminar bem", completou.

Lula ressaltou que a participação da Organização dos Estados Americanos (OEA) e dos países da América do Sul em favor de um acordo foi importante e aproveitou para rebater as críticas que sofreu por ter autorizado o abrigo de Zelaya na Embaixada Brasileira em Tegucigalpa no dia 21 de setembro. Lembrou que, naquela ocasião, defendera que Zelaya seria hóspede do Brasil e que "eu não ia deixar ninguém tirá-lo de lá". "O Brasil fez o que qualquer país democrático faria", disse, lembrando que, durante o golpe de Estado no Chile, em 1973, nem mesmo o general Augusto Pinochet teve coragem de atacar a embaixada de Cuba em Santiago, onde estavam abrigados aliados do presidente assassinado Salvador Allende.

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