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A investigação da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado a tiros pela polícia britânica no metrô de Londres ao ser confundido com um terrorista, não será realizada até que seja concluído o processo paralelo contra a Polícia Metropolitana de Londres, anunciou nesta quinta-feira a promotoria britânica.

O promotor John Sampson aceitou adiar a investigação em resposta a um pedido do diretor da promotoria pública, Ken Macdonald. A Polícia Metropolitana de Londres está sendo julgada como organização sob as leis de saúde e segurança por não garantir "o bem-estar" do brasileiro, mas os promotores disseram que não há provas suficientes para indiciar os policiais individualmente.

Um representante da família de Jean Charles, que vem reivindicando que a investigação seja realizada o mais rápido possível, expressou seu mal-estar pela decisão judicial.

- Ter de esperar até 2008 por qualquer investigação pública é claramente uma vergonha e a família lutará contra todas as decisões para garantir que a verdade do que ocorreu saia à luz o mais rápido possível - disse o representante da família à imprensa.

O eletricista Jean Charles, de 27 anos, recebeu sete tiros na cabeça, após entrar em um trem do metrô londrino no dia 22 de julho de 2005. Duas semanas antes, quatro homens-bomba mataram 52 passageiros em três trens do metrô e um ônibus em Londres. A polícia disse que um ataque similar no dia 21 de julho só foi frustrado porque as bombas estavam com defeito.

A Anistia Internacional escreveu a Macdonald manifestando sua preocupação pelo adiamento, indicando que a família merece uma rápida investigação sob a lei dos direitos humanos.

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