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Debate no Equador

Adversária de Noboa no segundo turno diz que reconhecerá Maduro

Luisa González e Daniel Noboa se cumprimentam no debate presidencial realizado no domingo (23) no Equador (Foto: EFE/Conselho Nacional Eleitoral do Equador)

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A candidata da esquerda no segundo turno da eleição presidencial no Equador, Luisa González, afirmou num debate com o atual mandatário, Daniel Noboa, que reconhecerá o ditador chavista Nicolás Maduro como presidente da Venezuela caso seja eleita.

Segundo informações da agência EFE, González foi perguntada por Noboa no debate realizado no domingo (23) se reconheceria o regime de Maduro, numa seção em que os candidatos só poderiam responder “sim” ou “não” às perguntas que lhes eram feitas.

Entretanto, a candidata desconversou e falou sobre uma acusação contra uma empresa da família do presidente, que, segundo ela, teria sido flagrada “exportando drogas em caixas de banana”. Noboa disse que a empresa colaborou com as investigações e não houve consequências contra ela.

No fim do debate, Noboa voltou a perguntar sobre o reconhecimento de Maduro, e desta vez González respondeu afirmativamente.

“Preciso reconhecer o governo de Nicolás Maduro para poder deportar os venezuelanos que você permitiu que entrassem no meu país ilegalmente e de forma desordeira”, disse a esquerdista.

“Farei o mesmo que os Estados Unidos: deportarei os venezuelanos que não têm renda regular e que roubam nossos empregos ou que semeiam violência em meu país. Minha obrigação é protegê-los [os equatorianos]”, disse González.

Em resposta, Noboa afirmou que sua gestão “nunca” reconhecerá “um governo ditatorial e totalitário”. “Há aqui um contraste muito claro: totalitarismo ou democracia. Liberdade ou um regime ditatorial semelhante ao de Maduro”, disse o presidente.

Noboa, que tenta a reeleição, obteve 44,17% dos votos no primeiro turno da eleição no Equador, realizado em 9 de fevereiro, e González atingiu 44%. O segundo turno será realizado em 13 de abril.

González exerceu diversos cargos durante a gestão do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), aliado do chavismo que foi condenado a oito anos de prisão por corrupção, mas que não está preso porque recebeu asilo na Bélgica.

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