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Antes de encerrar suas atividades, o extinto tabloide "News of the World" contratou um detetive particular para investigar a vida dos dois advogados que representam as vítimas de supostos grampos telefônicos realizados pelo jornal. A denúncia divulgada pelo diário britânico "Guardian" afirma que a intenção da investigação era colocar pressão para os advogados Mark Lewis e Charlotte Harris desistissem dos processos contra um dos principais títulos da News International, de Rupert Murdoch, no Reino Unido.

Ainda de acordo com o "Guardian", o detetive chegou a filmar os hábitos dos dois advogados, de membros das famílias de ambos e associados. As evidências mostram que o plano era conseguir manchas na vida pessoal de cada um para tirar a credibilidade dos profissionais.

Nem Lewis nem Charlotte chegaram a comentar o assunto com a imprensa, mas amigos dizem que eles estão furiosos e considerando abrir mais um processo contra o "News of the World" por invasão de privacidade. De acordo com as informações obtidas pelo "Guardian", os dois foram seguidos por pelo menos 18 meses.

O "News of the World" foi extinto em julho deste ano, depois do escândalos de espionagem e invasão de privacidade.

Muçulmanos

O "News of the World" também teria colocado ativistas muçulmanos de Londres na mira de um investigador particular. As informações, reunidas por investigadores do governo britânico em 2006 quando analisavam supostos abusos da mídia, revelam que um jornalista do tabloide contratou Steve Whittamore para reunir informações sobre Abu Hamza e Abu Qatada, dois dos clérigos mais controversos da capital britânica.

Mohammed al-Massari, dissidente saudita que vive em Londres, também foi alvo, indicam os dados. As investigações não revelam se o jornal ou o investigador interceptaram alguma mensagem de áudio dos ativistas.

Outro lado

A News International, editora de jornais de Murdoch, sediada em Londres, disse que estava checando os fatos. Na sexta-feira (4), a Polícia Metropolitana de Londres informou que seus investigadores haviam identificado até o momento 5.795 indivíduos como possíveis vítimas do acesso ilegal de telefones pelo "News of the World".

Fontes da News International também disseram que um jornalista de outro tabloide do grupo, o "The Sun", foi detido na sexta-feira sob acusação de ter subornado por policiais.

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