Durante a cerimônia solene da proclamação de Felipe VI como o novo rei da Espanha, a ausência de sua irmã Cristina foi sentida na plateia. A infanta não recebeu convites para os evento, e o ato deixou claro o repúdio da coroa ao seu marido, envolvido em um caso de corrupção. Ela também não esteve presente no último ato oficial de seu pai, Juan Carlos I, nesta quarta-feira, quando ele sancionou a lei da sua abdicação.
Cristina está afastada da agenda oficial da família real desde 2011, após o escândalo "Nóos" ser noticiado. Diego Torres, então sócio de Iñaki Urdangarín no Instituto Nóos, desviou dinheiro público e revelou, em sua defesa, e-mails escritos pelo genro do rei que comprometeriam o monarca.
Assim que Juan Carlos anunciou sua abdicação em favor de seu filho, jornalistas foram para a frente da casa dos duques de Palma de Malorca, título de Cristina e Iñaki, para conseguir alguma declaração da infanta. Com um largo sorriso, ela parou para as câmeras e disse que estava feliz pelo seu irmão e afirmou que havia falado com ele. Esse foi o primeiro sinal de que eles ainda estavam em contato.
Cristina de Bourbon era a irmã que tinha mais sintonia com Felipe. Com temperamento e passatempos semelhantes, os dois são mais parecidos com a mãe, a rainha Sofia. Os dois se distanciarem após o Caso 'Nóos', mesmo com as repetidas tentativas de Sofia de evitar o rompimento das relações familiares. Ela é a única que ainda se encontra com a filha e os quatro netos, Juan, Pablo, Miguel e Irene, mas em visitas discretas.
Mesmo assim, a infanta comemorou seu aniversário de 49 anos sem a mãe. E a situação não deve mudar, pois nos próximos dias, o juiz José Castro Noos encerra as instruções do caso e a situação dos duques pode piorar.
