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Liberdade

África do Sul celebra 20 anos da libertação de Mandela

Milhares se reuniram para as comemorações, perto da Cidade do Cabo, no local que era conhecido em 1991 como Victor Verster, a última prisão onde Mandela foi mantido

Turista europeia fotografa estátua de Nelson Mandela na África do Sul | Giancarlo Guercia / AFP
Turista europeia fotografa estátua de Nelson Mandela na África do Sul (Foto: Giancarlo Guercia / AFP)

Os sul-africanos celebraram nesta quinta-feira (11) os 20 anos da libertação de Nelson Mandela, que deixou o cárcere após 27 anos de prisão. Milhares se reuniram para as comemorações, perto da Cidade do Cabo, no local que era conhecido em 1991 como Victor Verster, a última prisão onde Mandela foi mantido.

A multidão admirou a estátua de 3 metros, erguida na prisão em 2008, representando os primeiros passos de Mandela como um homem livre. Exatos 20 anos depois, o ex-presidente chegou andando a Victor Verster, de mãos dadas com sua então mulher, Winnie, com o punho erguido, sorridente porém decidido.

"Nós sabíamos que a liberdade dele significava que nossa liberdade também tinha chegado", disse Cyril Ramaphosa, um líder do Congresso Nacional Africano (CNA), partido de Mandela. Ramaphosa liderou um comitê de boas-vindas para Mandela, em 1990.

Quatro anos após a libertação, os sul-africanos realizaram sua primeira eleição com a participação dos negros, elegendo Mandela presidente. Ele deixou o cargo após um mandato de cinco anos, ajudando a enraizar a democracia na África do Sul, em um continente onde os políticos em geral se mantêm no poder por meio de fraudes e da violência.

Mandela também é adorado no país por sua atuação em prol da reconciliação racial, garantindo uma transição pacífica, evitando a ocorrência na África do Sul dos períodos de caos e destruição das guerras anticoloniais no continente.

Desde 1994, o CNA reduziu o número de pessoas vivendo na pobreza construiu casas e ampliou o fornecimento de água, eletricidade e a presença de negros nas escolas, ajudando a superar a política segregacionista do Apartheid do regime anterior. Permanecem, porém, muitos problemas, o que causa impaciência em uma nação onde o fosso entre ricos e pobres é enorme.

Mandela, que fará 92 anos em julho, retirou-se em grande parte da vida pública. Apesar disso, ele deve estar nesta quinta-feira (11) no Parlamento quando o presidente Jacob Zuma fará seu discurso sobre o estado da nação, marcado para coincidir com o aniversário da libertação do ex-líder.

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