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Memória

África do Sul se prepara para a despedida a Nelson Mandela

Enterro será o maior na história do país e terá números impressionantes; milhares de policiais foram destacados para fazer a segurança

Forças de segurança devem guardar o funeral de Mandela no First National Bank (FNB) Stadium, conhecido como Soccer City, em Johannesburgo | Siphiwe Sibeko/Reuters
Forças de segurança devem guardar o funeral de Mandela no First National Bank (FNB) Stadium, conhecido como Soccer City, em Johannesburgo (Foto: Siphiwe Sibeko/Reuters)

Milhares de policiais sul-africanos estão a postos para a cerimônia de hoje em homenagem ao ex-presidente Nelson Mandela no estádio de futebol de Soweto. Membros do governo alertaram que as autoridades irão bloquear o acesso ao estádio se o número de pessoas for muito grande.

O memorial ao líder sul-africano que se tornou um ícone na luta contra o Apartheid deve lotar o estádio com capacidade para 95 mil pessoas. Entre os convidados estão dezenas de chefes de Estado. A última aparição pública de Mandela foi no mesmo estádio, durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 2010 e campo onde ocorreu a partida decisiva do mundial.

O tenente-general Solo­mon Makgale, um porta-voz para o Serviço de Polícia Sul-Africano, disse que "milhares" de agentes da polícia irão direcionar o tráfego, proteger as pessoas e auxiliar os guarda-costas de autoridades visitantes.

Makgale disse que há uma força-tarefa conjunta da polícia, de diplomatas e de oficiais do serviço de inteligência para auxiliar as delegações estrangeiras que planejam comparecer à cerimônia.

Ontem o gramado em frente do FNB Stadium foi cortado e trabalhadores instalaram vidros a prova de balas para proteger o palco onde líderes mundiais, incluindo o presidente norte-americano, Barack Obama, deverá discursar.

Autoridades disseram que até 90 chefes de Estado devem comparecer, um número histórico. A imprensa britânica fez comparações entre o funeral de Mandela – o maior na história da África do Sul – e o do premiê britânico Winston Churchill (1874-1965).

Ruas a vários quilômetros ao redor do estádio serão fechadas e as pessoas terão de andar ou tomar transportes públicos para chegar ao estádio.

Uma estrutura enorme está sendo montada em Qunu, onde ficava a residência de Mandela:

Política

Entre os líderes que deverão acompanhar o funeral, estão os presidentes Barack Obama (EUA) e Dilma Rousseff (Brasil), além dos mandatários da Namíbia (Hifikepunye Pohamba), do Irã (Hassan Rouhani), da Índia (Pranab Mukherjee) e de Cuba (Raúl Castro). E o vice-presidente da China (Li Yuanchao).Todos falarão ao longo do funeral.

Britânicos

O Reino Unido mandará o príncipe Charles, representando a rainha Elizabeth II, e o primeiro-ministro David Cameron.

Americanos

Os ex-presidentes Bill Clinton, George Bush e Jimmy Carter também viajam à África do Sul. Assim como a apresentadora de tevê e atriz Oprah Winfrey, os cantores Bono Vox, do U2, e Peter Gabriel, e a modelo Naomi Campbell, que Mandela dizia ser sua "neta honorária".

Ausência

O dalai lama e o premiê israelense Benjamin Netanyahu não poderão comparecer. O tibetano por problemas em conseguir o visto para entrar na África. O segundo, por questões orçamentárias.

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