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A Colômbia suspendeu a mediação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para buscar um acordo que permitisse a libertação dos reféns em poder da guerrilha. A decisão foi tomada na noite de terça-feira depois que Chávez, por intermédio da senadora colombiana Piedad Córdoba, se comunicou por telefone com o comandante do Exército da Colômbia, general Mario Montoya, ao qual fez perguntas sobre os reféns, desrespeitando um pedido do presidente colombiano Álvaro Uribe. A senadora, da oposição, também foi desligada da mediação pelo governo, que há dois dias havia fixado o prazo de 31 de dezembro para as negociações.

As tensões entre os dois presidentes começaram a aparecer esta semana. Chávez chegou a criticar a gestão da Colômbia no caso. Ainda assim, a decisão foi considerada surpreendente. Agora, a suspensão da mediação, segundo analistas, pode provocar tensões entre Venezuela e o governo colombiano, que pediu em agosto que o presidente Chávez agisse como mediador.

"O presidente da República dá por encerrada a participação da senadora Piedad Córdoba e a mediação do presidente Hugo Chávez, aos quais agradece a ajuda que estavam prestando", alegou comunicado do governo, esclarecendo que Uribe e Chávez tinham acertado recentemente em Santiago, durante a Cúpula Ibero-Americana, que a questão dos reféns seria tratada pessoalmente e sem utilizar outros canais de comunicação.

A decisão do governo Uribe também abalou as esperanças dos parentes de 49 reféns que estão no poder das Farc, que acreditavam que a mediação de Chávez seria bem-sucedida nas negociações. Entre os seqüestrados está a ex-candidata à Presidência colombiana, Ingrid Betancourt, três americanos, cinco ex-congressistas, um ex-governador e vários integrantes das Forças Armadas.

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