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Agricultores paraguaios participam de marcha em Assunção exigindo a implementação das reformas prometidas por Lugo | Jorge Adorno / Reuters
Agricultores paraguaios participam de marcha em Assunção exigindo a implementação das reformas prometidas por Lugo| Foto: Jorge Adorno / Reuters

Milhares de agricultores ocuparam nesta terça-feira (24) as ruas da capital paraguaia para exigir do governo do socialista Fernando Lugo a implementação das reformas que o presidente prometeu, no maior protesto do setor desde que o ex- bispo católico assumiu a Presidência.

Cerca de 10 mil agricultores, segundo a polícia, marcharam por Assunção e se reuniram nas praças em frente ao Congresso, onde reivindicaram ações para enfrentar um ano marcado pela crise econômica, seca e baixos preços das matérias-primas no país agroexportador.

Entre as exigências dos agricultores, está um subsídio alimentício por um período de seis meses para as regiões atingidas pela seca, o fornecimento de sementes para o próximo plantio e uma ação regulatória que priorize o crédito.

"Para nós, a mudança nunca chegou, tudo continua como era antes de 20 de abril", disse a jornalistas a dirigente da Federação Nacional Agrícola (FNC), Teodolina Villalba, referindo-se a data em que Lugo venceu as eleições.

Mulheres, idosos e jovens formavam parte do protesto que a FNC conduz desde 1994, na qual manifestantes portavam bandeiras e cartazes exigindo a reforma agrária.

"Os centros de saúde estão desabastecidos, as escolas não têm carteiras nem livros, e as comunidades continuam sem serviços básicos", acrescentou Villalba durante manifestação que aconteceu sem incidentes, em meio a uma grande operação de segurança feita pela polícia.

Lugo acabou com seis décadas de governo do conservador Partido Colorado com a promessa de lutar contra a pobreza e a corrupção, vencendo com o apoio de grupos agrícolas, sindicalistas e organizações sociais.

Ele adiou uma viagem ao sul do país junto com o presidente do Equador, Rafael Correa, para receber dirigentes que também criticaram o "plano anticrise" elaborado pelo governo por considerarem que não beneficia seu setor.

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