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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, reconheceu nesta segunda-feira (10), em Viena, que a falta de progresso na investigação do polêmico programa nuclear do Irã é "frustrante", ao mesmo tempo em que acusou a República Islâmica de não cooperar o suficiente para dar garantias sobre suas intenções atômicas.

Em seu discurso de abertura da reunião de outono do Conselho de Governadores da AIEA, Amano assinalou que apesar de intensificar o diálogo com o Irã ainda "não foram alcançados resultados concretos até agora".

"Peço ao Irã para tomar os passos rumo a uma plena implementação de todas suas obrigações relevantes para poder estabelecer a confiança internacional na natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear", disse o responsável da AIEA

"Sem a cooperação plena do Irã não seremos capazes de iniciar o processo para resolver todos os assuntos pendentes, incluindo aqueles relacionados com as supostas dimensões militares de seu programa nuclear", advertiu Amano.

A AIEA dispõe há anos de informação de diversos serviços de inteligência que indicam que o Irã poderia estar desenvolvendo um programa atômico militar.

"Consideramos essencial para o Irã cooperar conosco sem demora sobre estas preocupações", disse Amano diante dos 35 governadores do conselho, que analisarão nesta semana a investigação no país árabe.

Além disso, Amano considerou "preocupante" que o Irã continue com a limpeza da base militar de Parchin, onde a AIEA suspeita que sejam desenvolvidas atividades clandestinas que estariam relacionadas ao programa nuclear.

Segundo o diretor-geral, o Irã garantiu em uma carta diplomática enviada em 29 de agosto que as acusações "carecem de base". Amano destacou que a existência das atividades de limpeza, confirmadas por imagens de satélite, "fortalecem" a necessidade de acesso a essa cidade para se obter mais informação.

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