• Carregando...

Imagens de satélite indicam sinais de demolição de prédios e de remoção do solo em Parchin, uma instalação militar iraniana que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) quer visitar, disse o diretor-geral da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira (4). Os comentários de Yukiya Amano reforçam as suspeitas dos diplomatas ocidentais de que o Irã busca remover qualquer evidência incriminadora da instalação de Parchin antes da possível autorização à visita da agência. Amano disse esperar que a agência da qual é diretor-geral e o Irã finalizem em breve um acordo, permitindo que os inspetores nucleares da ONU retomem uma investigação sobre supostas pesquisas para o desenvolvimento de armas nucleares na República Islâmica. Os dois lados participarão de uma nova rodada de negociações em Viena em 8 de junho, disse Amano na abertura de um encontro de uma semana entre o conselho executivo da AIEA, formado por 35 países. A prioridade imediata da agência em suas investigações é visitar Parchin, onde se acredita que o Irã tenha realizado testes com explosivos que poderiam ser usados no desenvolvimento de armas nucleares. Parchin, que o Irã diz ser um complexo militar convencional, está no centro das acusações do Ocidente de que o Irã realizou experiências - possivelmente há uma década - que poderiam ajudar o país a desenvolver bombas nucleares. O Irã nega que tenha essa ambição. Na semana passada, um instituto norte-americano publicou imagens de satélite de Parchin que ressaltam a preocupação de que o Irã esteja tentando destruir provas de uma suposta pesquisa relacionada a armas nucleares. O Instituto para Ciência e Segurança Internacional (ISIS) postou as fotos em seu site depois que a AIEA mostrou a diplomatas em uma reunião a portas fechadas imagens similares às que os enviados ocidentais afirmam que sugere uma 'limpeza' em Parchin. ""As imagens de satélite indicam que essas atividades incluem uso de água, demolição de prédios, remoção de cercas e mudança no solo", disse Amano em uma entrevista coletiva. ""Essas são algumas das atividades que observamos por meio de imagens de satélite", afirmou ele, expressando preocupação de que elas podem prejudicar os esforços da agência em descobrir o que acontece no local, se e quando o acesso for autorizado.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]