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O chefe do MI5, serviço de inteligência do Reino Unido, revelou nesta quinta-feira (8) que o braço da rede Al Qaeda na Síria planeja "atentados em grande escala" no Ocidente.

Falando em Londres um dia após o ataque contra o jornal parisiense "Charlie Hebdo", o diretor do MI5, Andrew Parker, alertou para o risco de atentados no Ocidente por parte de combatentes vindos da Síria.

"Sabemos, por exemplo, que um grupo de terroristas fanáticos da Al-Qaeda na Síria planeja atentados em grande escala contra o Ocidente".

Um dos dois irmãos suspeitos no ataque que deixou 12 mortos no jornal satírico francês "Charlie Hebdo", em Paris, viajou para o Iêmen em 2011 e recebeu treinamento terrorista com o braço da Al Qaeda no país antes de voltar para a França, disse nesta quinta (8) uma graduada autoridade americana ao jornal "The New York Times".

O suspeito Said Kouachi, 34, passou "alguns meses" treinando em combate com armas leves, pontaria e outras habilidades que pareceram terem sido demonstradas em vídeos do ataque em estilo militar lançado na quarta-feira (7) por pelo menos dois atiradores.

O treinamento de Kouachi aconteceu em um momento em que vários jovens muçulmanos no Ocidente estavam inspirados por Anwar al-Awlaki, um clérigo nascido nos EUA que, até 2011, tornou-se uma figura operacional graduada para o grupo terrorista, a Al Qaeda na Península Arábica.

Uma autoridade de inteligência dos EUA disse nesta quinta-feira que os dois irmãos estão na base de dados dos EUA de terroristas suspeitos ou conhecidos e constam em uma lista de proibições de viagem há anos.

Os irmãos Kouachi estão sob vigilância há anos de autoridades francesas e americanas.O irmão mais novo de Said, Cherif, primeiramente chamou as atenções da inteligência francesa como um possível terrorista há uma década, quando estava na casa dos 20 anos.

Ele foi detido em 2005 enquanto se preparava para deixar a Síria, a primeira parte de uma viagem que ele esperava lhe levaria ao Iraque.

PrisõesNesta quinta (8), a polícia francesa prendeu nove suspeitos de colaboração com os autores do ataque, em meio à operação de busca, que reúne 88 mil membros das forças de segurança.

Segundo o ministro do Interior, Bernard Cazaneuve, 90 pessoas foram ouvidas pelos investigadores do crime, a maioria deles testemunhas do ataque ao "Charlie Hebdo".

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