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O presidente da Argentina, Alberto Fernández (centro), com autoridades e ativistas posam formando um X na Casa Rosada, Buenos Aires, 21 de julho
O presidente da Argentina, Alberto Fernández (centro), com autoridades e ativistas posam formando um X na Casa Rosada, Buenos Aires, 21 de julho| Foto: EFE/EPA/MARIA EUGENIA CERUTTI / Presidência da Argentina

Os cidadãos da Argentina que não quiserem se identificar com os gêneros feminino e masculino em documentos poderão, a partir desta quarta-feira (21), escolher a opção "X" no campo referido a "sexo" na cédula de identidade nacional (DNI) ou no passaporte.

"Vamos, de pouco a pouco, tornando possível o que parecia impossível, e a cada dia estamos mais perto do ideal, que será quando todos e todas sejamos 'todes', e ninguém se importe com o sexo das pessoas", disse o presidente do país, Alberto Fernández, durante ato realizado em Buenos Aires.

A medida foi colocada em vigor hoje, em um decreto publicado no Diário Oficial. A partir de agora, não haverá mais apenas as opções "M" para masculino, e "F" para feminino, com a inclusão do "X". Três pessoas receberam os primeiros documentos com a nova formatação durante a cerimônia.

No ato com a presença de Fernández, representantes políticos e de diversas organizações sociais, houve protestos de indivíduos que se mostraram contra a medida, inclusive com palavras de ordem: "Não somos um X". O presidente da Argentina se defendeu, destacando que essa é a forma admitida em convenções internacionais a que a Argentina faz parte.

"É um avanço, não deveríamos negar isso. É um passo que estamos dando, que espero que termine o dia que a DNI pergunte a alguém se ela é homem, mulher ou o que seja. Do que importa o Estado saber a orientação sexual dos cidadãos", disse Fernández.

A medida, inédita na América Latina, já havia sido adotada por Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

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