A Assembleia Parlamentar da Alemanha elegeu o ex-ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, como o novo presidente do país. O ex-ministro recebeu 931 votos dos 1.260 possíveis entre os delegados da Assembleia. O órgão formado por legisladores de 16 estados se reúne a cada cinco anos e tem a missão de designar o chefe de Estado.
Além dele, quatro outros candidatos disputavam as eleições presidenciais. O opositor do Partido de Esquerda nomeou Christoph Butterwegge, um cientista político e professor que se opôs às reformas econômicas do ex-primeiro ministro Gehrard Schroeder. Um vice-líder de Alternativa para a Alemanha, Albrecht Glaser, também entrou na disputa, assim como Alexander Hold, nomeado pelo pequeno partido Eleitores Livres na Baviera, e Engelbert Sonneborn.
Por ser um país com regime parlamentarista, o presidente alemão tem pouco poder executivo (que, neste caso, está nas mãos do Primeiro-Ministro e do Parlamento), mas é considerado uma importante autoridade moral. O novo chefe de Estado sucederá Joachim Gauck, ex-pastor de 77 anos e ativista pró-democracia da Alemanha Oriental que não tentou um segundo mandato de cinco anos devido à idade.
Tensão
Na eleição deste domingo (12), Steinmeier, um social-democrata, teve o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, e da “Grande coalizão” de partidos de centro-direita e de centro-esquerda. A votação presidencial provavelmente é um dos últimos momentos da “Grande Coalizão”, devido às eleições parlamentares em setembro, em que Merkel busca um quarto mandato. Ambos os lados esperam lançar candidatos à sucessão.
Carreira
Steinmeier, de 61 anos, é normalmente um estudioso diplomático, mas criticou fortemente Donald Trump durante a campanha eleitoral dos EUA. Questionado em agosto sobre a ascensão do populismo de direita na Alemanha, Steinmeier criticou aqueles que “fazem política com medo”. Steinmeier é definido pela imprensa internacional como um político “anti-Trump”.
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