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O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, rebateu nesta terça-feira (9) o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na semana passada divulgou um novo plano de segurança nacional que manifestou dúvidas sobre a continuidade da parceria de Washington com a Europa.
O plano alertou para o risco do fim da “civilização europeia”, devido à imigração e ao que chamou de censura na Europa. Em entrevista ao site Politico na segunda-feira (8), Trump aprofundou essas críticas, ao dizer que o Velho Continente hoje está cheio de líderes “fracos”.
“Algumas partes [do plano americano] são compreensíveis, outras são sensatas. Outras são inaceitáveis para nós, de uma perspectiva europeia”, disse Merz a jornalistas nesta terça-feira, segundo informações do Politico.
“Não vejo necessidade de os americanos quererem agora salvar a democracia na Europa. Se fosse necessário salvá-la, nós resolveríamos [o problema] sozinhos”, acrescentou o chanceler.
“Em minhas conversas com os americanos, eu digo: ‘América em primeiro lugar’ [bordão da gestão Trump] é ótimo, mas ‘América sozinha’ não pode ser do interesse de vocês”, disse Merz. “Vocês também precisam de parceiros no mundo. Um desses parceiros poderia ser a Europa. E se não conseguirem se aliar à Europa, pelo menos façam da Alemanha um parceiro.”
A Comissão Europeia, principal órgão executivo da União Europeia (UE), anunciou na quinta-feira passada (4) a aplicação de uma multa de 120 milhões de euros ao X, alegando que a rede social de propriedade do empresário americano Elon Musk violou obrigações de transparência determinadas pela Lei de Serviços Digitais (DSA) do bloco.
Em resposta, Musk disse que a UE precisa ser “abolida” e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que a medida é um “ataque ao povo americano”. “Os dias de censura online aos americanos acabaram”, escreveu Rubio no X.
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