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Os presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, e da Colômbia, Gustavo Petro, em encontro em Cáli no começo do mês: seus países apareceram entre os dez com pior situação no Ocindex
Os presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, e da Colômbia, Gustavo Petro, em encontro em Cáli no começo do mês: seus países apareceram entre os dez com pior situação no Ocindex| Foto: EFE/Ernesto Guzmán

Três países da América Latina apareceram entre os dez primeiros colocados em um ranking que aponta as nações com maior atuação do crime organizado.

O Índice Global do Crime Organizado (Ocindex) é produzido pela Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional, uma rede de mais de 600 especialistas em questões de direitos humanos, democracia, governança e desenvolvimento.

Colômbia, México e Paraguai apareceram em segundo, terceiro e quarto lugares no ranking de 2023, respectivamente, que compilou informações de 193 países.

Completam os dez primeiros Mianmar (primeiro colocado), República Democrática do Congo, Nigéria, África do Sul, Iraque, Afeganistão e Líbano (do quinto ao décimo lugares). O Brasil apareceu na 22ª posição.

No caso da Colômbia, o Ocindex destacou a condição do país de maior produtor de cocaína do mundo, a crescente ameaça dos crimes cibernéticos (regionalmente, atrás apenas do Brasil e do México), os grupos armados e o tráfico humano.

“A situação se agravou com a crise do [alto] fluxo migratório proveniente da Venezuela, com a dinâmica do contrabando de seres humanos frequentemente correlacionada com a dinâmica da exploração. Os venezuelanos estão sendo explorados em minas e nos locais de colheita de folhas de coca e de produção de cocaína, enquanto as mulheres estão sendo exploradas sexualmente nas áreas circundantes”, destacou o relatório.

A respeito do México, o Ocindex apontou as redes de tráfico humano (com o país como intermediário no fluxo entre as Américas Central e do Norte), o contrabando de armas e o tráfico de drogas como os principais pontos de atenção, com o último direcionando cada vez mais seu foco para o envio de fentanil para os Estados Unidos, produzido localmente ou trazido da China.

No Paraguai, esses três crimes também foram destacados, com a atividade de agentes externos amplificando a criminalidade.

“Atores criminosos estrangeiros, especialmente gangues brasileiras, estão amplamente envolvidos no comércio ilícito local. Eles também exercem uma influência considerável sobre o sistema prisional local. Além das gangues brasileiras, os tradicionais czares do contrabando com origem no Oriente Médio e as organizações mafiosas chinesas também lideram operações no Paraguai, principalmente na Área da Tríplice Fronteira”, alertou o Ocindex.

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