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Mal-estar

Amorim: acordo não afeta Mercosul

Davos – O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou ontem que o acordo assinado na véspera entre o Uruguai e os Estados Unidos não afeta o Mercosul, mas advertiu que o país vizinho não pode assinar um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os americanos, se quiser continuar no bloco.

O Uruguai assinou ontem com os Estados Unidos um Acordo Marco de Comércio e Investimentos (Tifa, pelas siglas em inglês), deixando em aberto a possibilidade de fechar futuramente um TLC com Washington. "O Tifa não é nenhum problema, não tem nenhum ponto que eu tenha analisado que possa criar um problema grave, que possa atingir o coração do Mercosul, como disse o próprio presidente do Uruguai", afirmou Amorim.

"O coração do Mercosul (integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) é uma união aduaneira, a tarifa externa comum, e isto não será afetado por este acordo", explicou. "Mas ninguém pode fazer um acordo de livre comércio com um país de fora da zona e ao mesmo tempo continuar na união aduaneira, não tem como", advertiu, referindo-se à possibilidade de o Uruguai e os EUA negociarem um TLC depois do Tifa.

Amorim insistiu que acordos como o Tifa, de cooperação comercial e de investimentos, não representam um problema, que "existe uma coisa entre o Mercosul e os Estados Unidos muito parecido, um acordo marco" e, "certamente, o Uruguai está aprofundando alguns pontos" deste acordo. Sobre a eventualidade de um TLC, frisou: "Não temos medo, acreditamos na força do Mercosul".

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