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Sakineh Ashtiani

Amorim reitera que Brasil formalizou oferta de asilo a iraniana

Na quinta-feira, embaixador do Irã negou ter havido uma proposta formal. Para Amorim, oferta de asilo não precisa ser por escrito para ser oficial

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, reiterou nesta sexta-feira (13) que o Brasil formalizou a oferta de asilo a Skineh Mohammadi Ashtiani, segundo informação da Agência Brasil.

A iraniana de 43 anos foi condenada à morte por supostamente ter cometido adultério. Nesta quinta (12), o embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, negou que o governo brasileiro tenha apresentado formalmente a proposta de receber Sakineh no país.

Em resposta às declarações de Shaterzadeh, Amorim explicou que não é necessário um papel escrito para que o pedido de asilo seja formalizado.

Segundo o ministro, uma comunicação entre o embaixador brasileiro e a chancelaria de outro país já é considerada uma posição oficial do governo.

"Quando o embaixador brasileiro em Teerã vai comunicar algo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia dito, mas vai comunicar oficialmente, isso para nós já é uma formalização", disse.

"Há várias formas de comunicação, claro que não precisa colocar no papel. O presidente Lula fez um apelo baseado em razões humanitárias, na sensibilidade brasileira e isso foi transmitido por nosso embaixador em Teerã", destacou Amorim, após palestra no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP).

O anúncio de que a oferta de asilo havia sido formalizada foi feito pelo ministro na última terça-feira (10), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Amorim detalhou que o embaixador brasileiro em Teerã, Antonio Salgado, havia comunicado oficialmente ao chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, a intenção do Brasil de receber Sakineh. Na ocasião, o ministro explicou que o gesto é considerado pelo governo brasileiro uma formalização da proposta do Brasil de receber Sakineh.

Brasileira condenada

Amorim também comentou nesta tarde sobre o caso da brasileira de 14 anos condenada a deportação e seis meses de prisão nos Emirados Árabes Unidos por ter mantido relações sexuais "consensuais" com um motorista de ônibus de 28 anos

O ministro disse que o governo brasileiro está dando atenção especial ao caso da adolescente. "Estamos em contato estreito com a família, com os advogados e também em contato, que julgamos adequado, com as autoridades dos Emirados. As coisas que têm de ser feitas estão sendo feitas, mas da maneira adequada", declarou.

Ele destacou que é preciso ter cautela na divulgação de informações para não prejudicar a menina. "Mais uma vez, um caso em que é preciso levar as coisas com cuidado, com discrição. Nós estamos fazendo tudo que é possível fazer.

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