• Carregando...
Para o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, é mais urgente relançar a economia, o crescimento, o trabalho | REUTERS/Tony Gentile
Para o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, é mais urgente relançar a economia, o crescimento, o trabalho| Foto: REUTERS/Tony Gentile

Um grupo anarquista italiano que assumiu ter atirado no chefe de uma empresa de engenharia nuclear ameaçou nesta quarta-feira atacar o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti.

O grupo, chamado Núcleo Olga da Federação Anarquista Informal - Frente Revolucionária Internacional, disse em uma declaração enviada a um jornal do sul da Itália que Monti estava entre os sete alvos restantes após Roberto Adinolfi, chefe da Ansaldo Nucleare, ter sido baleado na perna na semana passada.

O ataque alimentou a preocupação crescente sobre um retorno da violência política na Itália por causa das dificuldades econômicas e da crescente oposição às medidas de austeridade implementadas pelo governo Monti.

Em comunicado enviado ao jornal Calabria Ora, o grupo afirmou que os ataques contra a agência fiscal Equitalia continuariam enquanto o governo insistir nas reformas para reduzir a dívida enorme da Itália.

"Dizemos a Monti que ele é um dos sete restantes e que as pessoas não têm interesse em permanecer na Europa, salvar os bancos e ajudar a equilibrar as contas de um Estado que esbanjou dinheiro para os seus próprios interesses", disse o comunicado.

"Qualquer suicídio cometido por um cidadão italiano ligado às dificuldades fiscais será punido como um "assassinato de Estado", acrescentou o texto.

Uma série de suicídios já aconteceu na Itália por empresários desesperados com a perda de seus meios de vida por causa da crise.

O texto enviado ao Calabria Ora tinha os mesmos símbolos e estava em um estilo similar a uma carta enviada ao jornal Corriere della Sera, na semana passada, reivindicando a responsabilidade pelo ataque a Adinolfi na cidade de Gênova.

A polícia italiana acredita que a declaração de responsabilidade é genuína e a promotora-chefe de Gênova, Michele di Lecce, disse na semana passada que não descarta novos ataques.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]