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No segundo dia de viagem ao Oriente Médio, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Anan, comprometeu-se a lutar pela libertação dos soldados israelenses que foram feitos reféns, há cerca de dois meses, por militantes palestinos e libaneses.

Depois de visitar áreas afetadas pela artilharia israelense no sul do Líbano e prestar homenagens aos cinco membros da Unifil mortos durante os 34 dias de guerra, Annan seguiu para Israel para reuniões com os parentes dos soldados seqüestrados e com o ministro israelense da Defesa, Amir Peretz.

Na quarta-feira, o secretário-geral da ONU se encontra com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Depois de visitar Israel, deverá seguir, ainda esta semana, para a Síria e o Irã, principais aliados do Hezbollah.

- [Annan] prometeu que faria de tudo ao seu alcance para obter a libertação dos garotos - disse Benny Regev, irmão do militar israelense Eldad Regev, 26 anos, capturado pelo Hezbollah juntamente com Ehud Goldwasser, de 31 anos, no dia 11 de julho. - Pedimos que antes da libertação ele trabalhe para receber sinais de vida dos cativos. Ele prometeu também agir nesse sentido.

Além da guerra recém-interrompida contra o Hezbollah, o Exército israelense mantém, desde 25 de junho, uma ofensiva na Faixa de Gaza para tentar resgatar outro soldado, Gilad Shalit, de 20 anos, capturado por militantes palestinos.

- Pedi [a Annan] que use sua influência e o orientei para sua visita a Damasco - onde acreditamos que esteja a chave para libertar Gilad - disse o pai do soldado, Noam, a jornalistas.

Karnit, a mulher do soldado Goldwasser, disse que Annan ofereceu "um compromisso pessoal" de ajudar na libertação dos três soldados.

- Sabemos que ele vai visitar países aos quais não temos acesso, e ele pode abordar as pessoas certas - afirmou.

Em reunião com Annan, o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse que espera que Israel possa suspender em breve o bloqueio naval e marítimo imposto ao Líbano no início do conflito contra o Hezbollah. Ele não deu, no entanto, nenhuma estimativa de tempo para a suspensão do embargo.

Ainda em Beirute,no Líbano, Annan pediu que Israel e Hezbollah cheguem logo a um acordo definitivo sobre a troca de presos palestinos e libaneses pelos três soldados. A imprensa diz que tais negociações já começaram, mas as partes envolvidas não confirmam.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, visitou o Sul do Líbano, onde são esperados cerca de 15 mil soldados de manutenção de paz da entidade para reforçar a trégua de 16 dias entre Israel e os guerrilheiros do Hezbollah. Ele também visitou uma base da atual força de paz da ONU (Unifil), que tem 2 mil homens, em Naqoura, e colocou flores em homenagem aos membros da Unifil mortos durante a guerra.

Annan disse que vai pedir para Israel levantar imediatamente seu bloqueio aéreo e naval sobre o Líbano, que foi imposto há quase sete semanas. As forças de Israel estão aproveitando a trégua para procurar túneis do Hezbollah .Israel insiste que manterá as restrições até que o embargo de armas ao Hezbollah seja colocado em prática. O premier do Estado judeu, Ehud Olmert, determinou a abertura de inquérito sobre o conflito .

- Sem a implementação completa da resolução 1701, temo que o risco de renovação das hostilidades seja maior - disse Annan, depois de uma série de encontros com líderes e políticos libaneses, incluindo membros e aliados do Hezbollah, em Beirute, na segunda-feira.

Na segunda-feira, Annan se encontrou com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, e com os ministros da Defesa e do Interior, junto com o comandante da Unifil, o major-general Alain Pellegrini, para debater medidas que o governo tomou para reforçar a segurança na fronteira. O secretário-eral da ONU deve pedir para a Síria policiar sua fronteira com o Líbano para evitar o suprimento de armas ao Hezbollah.

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