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Ao menos 126 dissidentes, entre eles a blogueira Yoani Sánchez, foram detidos na semana passada em meio a uma "onda repressiva" do governo após a morte do opositor Orlando Zapata, disse nesta segunda-feira um grupo de direitos humanos.

Zapata, de 42 anos, faleceu na terça-feira da semana passada depois de uma greve de fome de 85 dias por melhores condições e foi sepultado na quinta-feira em meio a fortes críticas dos Estados Unidos, da União Europeia e inclusive aliados, como a Espanha.

"O governo recorreu a esta onda repressiva para neutralizar as expressões de condenação e rejeição ao fato de que deixaram Orlando Zapata morrer", disse por telefone Elizardo Sánchez, porta-voz da ilegal mas tolerada Comissão Cubana de Direitos Humanos.

Antes, Sánchez afirmou em um comunicado que os dissidentes foram liberados em menos de 24 anos ou após vários dias, "exceto Isael Poveda que foi internado em uma prisão de alta segurança" em Guantánamo, a cerca de 900 quilômetros de Havana.

As autoridades cubanas consideram Sánchez e outros dissidentes traidores que trabalham como mercenários a serviço dos EUA, seu principal inimigo ideológico, para minar o sistema socialista.

Yoani Sánchez, de 34 anos, confirmou no Twitter que havia sido detida para que não assinasse um livro de condolências aberto pela morte de Zapata. "(Ela) foi detida e tratada brutalmente", disse o porta-voz.

Em novembro, a blogueira disse a jornalistas que havia sido detida em uma rua ao dirigir-se a uma manifestação contra a violência em Havana.

Grupos de direitos humanos estimam que na ilha há cerca de 200 presos políticos.

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