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África do Sul

Apesar de crise, governo prevê vitória eleitoral

Mesmo com diversas acusações de corrupção, partido do presidente Jacob Zuma deve sair vitorioso, pois população atribui a ele as melhorias sociais

Partidários do Congresso Nacional Africano (CNA) fazem campanha no distrito de Nkandla | Rogan Ward/Reuters
Partidários do Congresso Nacional Africano (CNA) fazem campanha no distrito de Nkandla (Foto: Rogan Ward/Reuters)

A África do Sul realizou ontem o quinto pleito multirracial no país desde o fim do apartheid, em 1994. A votação terminou às 21 horas do horário local (16h de Brasília) e a contagem dos votos já foi iniciada. A expectativa é de vitória do partido atualmente no poder, o Congresso Nacional Africano (CNA), apesar de os partidos de oposição tentarem capitalizar o descontentamento com a corrupção e desigualdade econômica no país. Autoridades sul-africanas devem declarar o resultado final das eleições a partir de sábado.

A comissão eleitoral disse que a maior parte da votação correu bem. Cerca de 25 milhões de sul-africanos, o que corresponde a metade da população, se inscreveram para votar nas eleições parlamentares. Foram abertos 22 mil pontos de votação em escolas, locais de culto, locais de autoridade tribal e hospitais. Dezenas de veículos que servem como postos de votação móveis visitaram áreas remotas.

Escândalos

O CNA enfrenta uma série de escândalos relacionados ao atual presidente Jacob Zuma e frustração com a economia e a fraca prestação dos serviços públicos. Contudo, grande parte da população credita ao governo uma melhora na condição de vida. "A minha pensão, minha casa é por causa deles", disse Mamphele Maluleke, avó de 63 anos, que foi a primeira a votar em uma escola na cidade de Soweto. "Eu amo o CNA", declarou. Zuma votou ontem em uma escola primária de Nkandla e exortou outros sul-africanos a fazer o mesmo porque "provavelmente é a coisa mais importante a se fazer nesta democracia".

Em geral o clima foi de calma, houve poucos protestos violentos em alguns pontos do país. Os incidentes aconteceram em áreas marginais como Springs e Bekkersdal, na província de Gauteng, motor econômico do país e onde fica a cidade de Johanesburgo. Lá, alguns jovens queimaram vários colégios eleitorais, enquanto na cidade de Maruleng (na província de Limpopo) os moradores fecharam várias estradas e obrigaram a atrasar a abertura dos colégios.

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