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Peritos trabalham em frente à escola onde ocorreu o atentado | ERIC CABANIS/AFP
Peritos trabalham em frente à escola onde ocorreu o atentado| Foto: ERIC CABANIS/AFP

Netanyahu critica ONU por atentado na França

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu criticou a ONU nesta segunda-feira (19) pelo atentado em uma escola judia na França, do qual não "ouviu falar em nenhuma condenação", enquanto seu Conselho de Direitos Humanos (CDH) recebeu no mesmo dia um dirigente político do Hamas

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Sarkozy diz que tiroteio em escola é tragédia nacional

O presidente francês Nicolas Sarkozy declarou nesta segunda-feira (19) que o tiroteio que deixou quatro mortos numa escola judaica é uma tragédia nacional e prometeu achar o autor do ataque

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Judeus formam comunidade de 550 mil pessoas na França

A comunidade judaica na França, em luto nesta segunda-feira (19) devido ao ataque em Toulouse que deixou quatro mortos, possui de 530 mil a 550 mil pessoas, entre elas, 20 mil a 25 mil só em Toulouse, segundo as instituições judaicas

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O presidente da França e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta segunda-feira (19) que é "evidente" a motivação anti-semita do ataque contra um colégio judaico de Toulouse, e anunciou que elevou o alerta antiterrorista ao nível máximo na região.

Um homem armado realizou disparos na entrada do colégio Ozar Hatora na manhã desta segunda-feira, matando um professor, três crianças e ferindo várias pessoas.

FOTOS: Veja as imagens da escola após o ataque

Num discurso realizado no Palácio do Eliseu, sede da presidência, Sarkozy disse que as informações que recebeu das autoridades judiciais e policiais permitem afirmar que "uma mesma pessoa com uma mesma arma" realizou o atentado contra a escola e matou três militares na semana passada, também em Toulouse.

O chefe de estado, que suspendeu sua programação de campanha "pelo menos até quarta-feira", dia em que serão enterrados os três militares assassinados na semana passada, assegurou que "este ato odioso não pode permanecer impune" e que serão utilizados todos "os meios disponíveis" para capturar o responsável.

Sarkozy anunciou que o plano de alerta antiterroristas Vigipirate foi elevado ao seu nível máximo. Desta forma, 120 investigadores estão em Toulouse, numa ação coordenada pelo ministro do Interior, Claude Guéant.

Sarkozy afirmou ainda que "toda república está mobilizada para enfrentar o drama".

"Sobre os militares, dois muçulmanos e um natural das Antilhas, nós não sabemos a motivação do ataque, mas podemos imaginar que se trata de racismo", indicou o presidente, que lamentou que "um louco, um assassino, um bárbaro" tenha matado hoje três crianças menores de 10 anos e um adulto.

O líder afirmou que esta foi a primeira vez que foi perpetrado um ataque contra um estabelecimento de ensino na França, e informou que fará reuniões diárias com o primeiro-ministro do país, François Fillon, para discutir a questão.

Nesta terça-feira (20), será feito um minuto de silêncio em todas as escolas do país. Sarkozy acrescentou que receberá amanhã representantes das comunidades judaica e muçulmana na França para reafirma que "a república está do lado deles para que possam viver a sua fé".

Ataque

Quatros pessoas, incluindo três crianças, foram assassinadas a tiros nesta segunda-feira (19) em uma escola judaica em Toulouse, sul da França, por um homem em uma moto.

"É uma tragédia espantosa. Toda a República Francesa está afetada por este drama abominável", afirmou o presidente francês Nicolas Sarkozy, que viajou imediatamente a Toulouse.

As vítimas são três crianças, de três, seis e 10 anos, e um homem de 30 anos, anunciou o procurador da República Michel Valet.

Testemunhas afirmaram que o criminoso abriu fogo contra um grupo de pais e crianças diante do colégio judaico Ozar Hatorah, que fica em um bairro residencial de Toulouse, antes fugir em uma moto.

"Ele atirou contra tudo o que tinha pela frente, crianças e adultos. As crianças foram perseguidas até dentro da da escola", declarou o procurador à imprensa.

O criminoso utilizou duas armas, uma delas do mesmo calibre da usada no assassinato de soldados de um regimento de paraquedistas em Toulouse e Montauban.

A tragédia abalou a campanha presidencial francesa, que terá o primeiro turno em 22 de abril, e que nesta segunda-feira começava de maneira oficial.

Além de Sarkozy, que chegou a Toulouse acompanhado do presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (CRIF), Richard Prasquier, o candidato socialista, François Hollande, também anunciou a suspensão momentânea da campanha para manifestar solidariedade às famílias das vítimas e à comunidade judaica da França.

O ministério do Interior anunciou um reforço da vigilância das escolas judaicas, que já contam com medidas de proteção na França.

Patrick Rouimi, pai de um aluno, afirmou que o homem abriu fogo contra as pessoas que aguardavam em um ponto de transporte escolar.

A rua Dalou, onde fica o centro de ensino, foi isolada e centenas de policiais foram mobilizados ao redor do colégio.

Na quinta-feira passada, um homem em uma moto preta matou a sangue frio dois soldados de um regimento de paraquedistas da cidade de Montauban e feriu gravemente outro.

A justiça francesa vinculou imediatamente as mortes de Montauban com o assassinato de outro militar cometido no domingo 11 de março em Toulouse. Nos dois ataques a mesma arma foi utilizada.

Mais de 50 investigadores foram mobilizados para encontrar o autor dos crimes.

"Uma explicação? Trata-se de um antissemitismo brutal e abjeto", afirmou o dr. Charles Bensemhoun, morador de Toulouse. "Agora atiram contra crianças", completou uma mulher que estava a seu lado.

Reações ao crime

O governo de Israel afirmou estar "horrorizado". "Estamos horrorizados com este ataque. Confiamos que as autoridades francesas farão tudo para investigar o drama e levarão os responsáveis pelos assassinatos à justiça", declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor.

O grande rabino da França, Gilles Bernheim, afirmou que estava "terrivelmente comovido" e que viajaria a Toulouse.

O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Barroso, condenou "o crime odioso (...) Não há nada mais intolerável que o assassinato de crianças inocentes".

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