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Ameaça terrorista

Após ataque frustrado em NY, Obama promete fazer justiça

Braço paquistanês do Taleban assume autoria de ataque, mas polícia local nega que existam evidências que respaldem a reivindicação

Times Square, em Nova Iorque, foi esvaziada rapidamente pela polícia na noite de sábado, após denúncias de que havia um carro suspeito no local | Cary Horowitz/Reuters
Times Square, em Nova Iorque, foi esvaziada rapidamente pela polícia na noite de sábado, após denúncias de que havia um carro suspeito no local (Foto: Cary Horowitz/Reuters)
Policial examina bombas em um Nissan Pathfinder |

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Policial examina bombas em um Nissan Pathfinder

Duane Jackson: veterano de guerra |

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Duane Jackson: veterano de guerra

Veja o local em que a polícia encontrou o carro-bomba |

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Veja o local em que a polícia encontrou o carro-bomba

Os serviços de segurança farão "o que for necessário" para encontrar o responsável pelo atentado frustrado contra Nova Iorque, afir­­mou ontem o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Em visita à Louisiana, onde acompanha os trabalhos para conter a mancha de óleo pelo afundamento de uma plataforma de petróleo no Golfo do México, Obama disse que conversou com o prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, sobre o carro-bomba desativado no sábado em plena Times Squa­­re. "Faremos o que for necessário para proteger os americanos e determinar quem está por trás deste ato potencialmente mortífero. Vamos fazer justiça", prometeu o presidente. Agentes da polícia estão na Pen­­silvânia para tomar o depoimento de um turista que afirma ter filmado um suspeito no local do incidente. O carro-bomba foi levado a um local apropriado na ma­­nhã de ontem, onde é examinado detalhadamente em busca de im­­pressões digitais e vestígios com DNA, revelou o chefe da polícia de Nova Iorque Raymond Kelly. Segundo Kelly, no carro foi armado um artefato explosivo incendiário potencialmente perigoso, com três bujões de propano, dois galões de gasolina e pólvora de fogos de artíficio. Também ha­­via uma caixa com substância "com aspecto de fertilizante", cuja natureza exata não foi determinada, que se espalharia com a explosão. O ataque fracassou porque a polícia foi alertada por am­­bulantes, que observaram a fu­­maça que saía de uma caminhonete Nissan Pathfinder estacionada na zona entre a Rua 45, a Sé­­tima Ave­­nida e a Broadway. Autoria em dúvidaEm vídeo divulgado na internet, o braço paquistanês do Taleban, o Tarik-e-Taliban, assumiu a responsabilidade pelo carro-bomba. O grupo afirma que o atentado foi realizado em represália à morte recente de dois líderes da Al-Qaeda no Iraque e aos ataques de aviões sem piloto no Paquistão. Mas Kelly destacou que não há nenhuma evidência que respalde a reivindicação do Tarik-e-Taliban so­­bre o atentado. "Ainda que um fa­­bricante de bombas Taleban tenha se responsabilizado na in­­ternet, não há evidências para respaldar essa versão".

Embora tenha divulgado um vídeo no qual assume a autoria da aparente tentativa de ataque em Nova Iorque, o braço paquistanês do Taleban é conhecido por reivin­­dicar ações que não cometeu, se­­gundo especialistas em terrorismo.

Caso seja comprovada a autoria do Taleban paquistanês, terá sido a primeira ação do grupo fora do continente asiático. A organização tem vínculos com a rede terrorista Al Qaeda e com o braço afegão do Taleban, varrido do po­­der pelos EUA em 2001. Ambos ex­­ploram a pobreza e a raiva em relação às forças americanas na região para recrutar com­­batentes.

Suspeito

Para autoridades federais, não há evidências de uma ameaça crescente à cidade de Nova Iorque. Até o fechamento desta edição, um possível suspeito havia sido identificado – um homem branco, de cerca de 40 anos, deixando o local onde o veículo foi estacionado e olhando para trás, en­­quanto removia uma camada de roupa. Policiais afirmaram ainda saber o nome do dono do Path­­finder, mas mantiveram a identidade em sigilo.

Uma única viatura policial, vazia e fechada, marcava ontem o ponto da rua 45, em que o Nissan Pathfinder foi estacionada. Os sinais mais claros do incidente eram cacos de vidro no chão e uma grande quantidade de policiais, jornalistas e barreiras de metal recolhidas.

A região da Times Square, um dos lugares mais procurados pe­­los turistas em Nova Iorque, estava mais despovoada do que o usual. Todas as linhas de metrô funcionavam normalmente. Ninguém parecia acreditar no risco de um novo atentado.

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