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Violência

Após confronto, premiê iraquiano retira Exército de Província sunita

Devido ao fechamento de um acampamento de manifestantes contrários ao governo, mesquitas convocaram seus fiéis para uma guerra santa, provocando uma onda de confrontos em Ramadi

O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, anunciou hoje a retirada do Exército da Província de Al Anbar, de maioria sunita, em uma tentativa de evitar uma escalada da violência após o fechamento de um acampamento de manifestantes contrários ao governo.

Os moradores da região se revoltam contra o governo desde o início deste ano e o acusam de discriminar os sunitas. Desde setembro, os protestos começaram a crescer com uma série de acampamentos em cidades da Província, incluindo a capital Ramadi.

O acampamento da cidade foi desmontado ontem, em uma operação que terminou com confronto com a polícia e deixou pelo menos 11 mortos. O governo considerava o local um quartel-general para grupos aliados à rede terrorista Al Qaeda.

Em comunicado, o chefe de governo afirmou que o país voltará à normalidade com o fim dos confrontos na Província e o aumento da segurança de fronteiras e estradas iraquianas. A medida atende a exigências de 44 deputados opositores, que renunciaram o Parlamento após o desalojo dos manifestantes.

A entrega dos cargos também é uma reação à prisão, no último sábado, de um político sunita. Nesta terça, foram registrados novos choques com mais quatro mortos. A ação provocou uma onda de confrontos em Ramadi, onde mesquitas convocavam seus fiéis para uma guerra santa.

A retirada dos sunitas pode aumentar a tensão no país, afetado por uma forte crise política que levou a diversos atentados e ações sectárias entre sunitas e xiitas durante este ano. Segundo a ONU, mais de 8 mil pessoas morreram em ações violentas no país em 2013, número mais alto em seis anos.

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