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Índia

Após denúncia de estupro, Uber é proibido

Serviço on-line de táxi de origem americana foi banido na capital indiana depois que um dos motoristas foi acusado de abuso sexual

Indianos fizeram vigília ontem em nome da passageira que sofreu abuso sexual | Anindito Mukherjee/Reuters
Indianos fizeram vigília ontem em nome da passageira que sofreu abuso sexual (Foto: Anindito Mukherjee/Reuters)

O serviço norte-americano que permite que pessoas busquem caronas on-line, o Uber, teve seu funcionamento banido na capital da Índia depois que uma passageira acusou de estupro um dos motoristas, um caso que reacendeu o debate sobre segurança das mulheres no país.

O Uber, que aceitou o cadastro do motorista apesar de ele ter sido preso por alegações de abuso sexual há três anos, será proibido de fornecer quaisquer serviços futuros na região de Nova Délhi, disse o departamento de transporte da cidade em comunicado.

O ataque é o mais recente a chamar atenção aos perigos enfrentados por mulheres no segundo país mais populoso do mundo. Mesmo após a aprovação de novas leis que impõem penas mais duras e a criação de tribunais de processo rápido, a Índia ainda enfrenta dificuldades para conter atitudes que deixam mulheres vulneráveis a abusos e estupros.

"Mantendo em vista a violação e o crime horrendo cometido pelo motorista, o departamento dos transportes baniu todas as atividades relacionadas ao oferecimento de qualquer serviço de transporte pelo www.uber.com", disse o comissário especial Kuldeep Singh Gangar. Uma porta-voz do Uber disse que não poderia comentar de imediato o assunto.

O motorista preso, Shiv Kumar Yadav, compareceu ontem ao tribunal e teve a prisão preventiva decretada e ficará em custódia por três dias. Há três anos ele havia sido preso sob acusações de estuprar uma mulher, mas foi inocentado posteriormente, disse a polícia.

A polícia indiana disse que estão considerando medidas jurídicas contra o serviço de táxi por falhar em verificar o histórico do motorista. A companhia disse que não há regras definidas na Índia sobre verificações de histórico para licenças de transporte comercial e que está trabalhando com o governo para tratar da questão.

"Faremos tudo para ajudar a levar este criminoso à justiça", disse o presidente-executivo do Uber, Travis Kalanick, em comunicado antes de a empresa ser proibida na capital indiana.

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