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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, prometeu na sexta-feira que vai insistir com seus planos de reforma econômica, depois do encerramento de uma greve de nove dias no setor de transportes, que foi até agora a prova mais dura de seu mandato.

O número de trens no sistema ferroviário nacional e no metrô de Paris aproximava-se da normalidade pela primeira vez desde o início do movimento, no dia 13 de novembro, mas o funcionamento só deve voltar ao normal no fim de semana.

"Não tenho a menor intenção de interromper o movimento das reformas, a menor intenção de acabar com ele, a menor intenção de esquecer minhas promessas", disse Sarkozy. "Assumi compromissos. Eles serão mantidos."

O governo diz que a paralisação causou prejuízos de 400 milhões de euros por dia (quase 600 milhões de dólares). Aliados do presidente comemoraram o fim das paralisações, mas os sindicatos mais radicais ameaçam retomar a greve em dezembro se estiverem descontentes com o rumo das negociações.

Mas o governo se considera vitorioso pelo simples fato de que os sindicatos aceitaram negociar, ao contrário do que aconteceu em 1995, quando uma greve com grande adesão obrigou o governo a suspender uma reforma previdenciária semelhante.

Sarkozy manteve-se excepcionalmente discreto durante o impasse. "O sucesso do método Sarkozy," foi a manchete do jornal direitista Le Figaro.

Até o ex-primeiro-ministro Dominique de Villepin, crítico de Sarkozy, apesar de também ser conservador, elogiou o chefe de Estado. "A preocupação expressa de não politizar, não buscar garantir que há um vencedor e um perdedor, é a estratégia correta nas questões sociais," disse Villepin ao canal France 2.

Sarkozy não quis ceder no principal elemento da sua reforma - o fim do regime especial de pensões que permite a determinadas categorias do funcionalismo público se aposentar com 2,5 anos de antecedência.

Mas ele sinalizou disposição em fazer concessões em outras áreas, como salários, e a imprensa francesa diz que a estatal ferroviária SNCF pode ter gastos de até 100 milhões de euros por ano (150 milhões de dólares) devido a aumentos de salários e benefícios que sejam negociados.

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