
A emblemática cidade de Nova Orleans, no sul dos Estados Unidos, avança em sua reconstrução graças ao trabalho dos imigrantes latinos. Isso a pouco mais de um mês do oitavo aniversário do furacão Katrina, que em 12 horas transformou o lugar em ruínas, causou mais de 1,7 mil mortes e deixou centenas de milhares de desabrigados.
Às margens do Rio Mississippi e ao sul do Lago Pontchartrain, a cidade conhecida como "Crescent City" e "The Big Easy" está em dívida com os hispânicos que contribuíram para sua diversidade, crescimento econômico e transformação.
O ressurgimento da cidade portuária segue uma simples realidade do mercado: nos EUA, cerca de um quarto dos trabalhadores da construção civil são de origem hispânica, e o Katrina criou uma forte demanda de trabalho.
Mão de obra
Um estudo da Universidade Tulane e da Universidade da Califórnia em Berkeley mostrou que, em 2006, cerca de metade da mão de obra para a reconstrução de Nova Orleans era latina, sendo 54% de imigrantes ilegais. Assim, os latinos foram uma espécie de equipe de resposta rápida.
"Em nível nacional, os latinos contribuem para o fortalecimento de nossa economia e, embora sempre tenha havido uma conexão com latinos e a América Latina, essa região viu um aumento porque muitos latinos foram contratados no setor da construção para reconstruir Nova Orleans", disse Alicia Criado, assessora para assuntos de desenvolvimento econômico do Conselho Nacional da Raça (NCLR).
"Os latinos não só estão mudando a demografia regional, mas estão aumentando a dependência por sua mão de obra. Uma firme liderança a favor de medidas que fomentem a integração dos latinos na região será essencial para que Nova Orleans possa continuar sua recuperação econômica", frisou Alicia.



