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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebe o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, Washington, 1 de setembro
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebe o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, Washington, 1 de setembro| Foto: EFE/EPA/Doug Mills

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ofereceu suas condolências aos Estados Unidos depois que 13 militares americanos morreram em um atentado suicida no Afeganistão em meio ao caos da desastrosa retirada de tropas comandada pelo governo Biden.

Muitos ucranianos se perguntaram: "Se o presidente Joe Biden está disposto a deixar americanos para trás no Afeganistão, o que o impedirá de abandonar a Ucrânia também?"

Este evento serve como um alerta potencial para a Ucrânia e qualquer outra nação que depende dos EUA para apoio de segurança.

Zelensky e Biden se reuniram em 1º de setembro no Salão Oval para discutir as aspirações da Ucrânia de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a suspensão de sanções, feita por Biden, ao operador do oleoduto Nord Stream 2 e a agressividade em curso da Rússia. Depois que a Rússia anexou ilegalmente a Crimeia em 2014, apoiar a integridade territorial e a soberania da Ucrânia tornou-se ainda mais importante para os EUA.

"Os Estados Unidos permanecem firmemente comprometidos com a soberania e integridade territorial da Ucrânia em face da agressão russa e com o nosso apoio às aspirações euro-atlânticas da Ucrânia", disse Biden.

Os EUA armaram a Ucrânia e encorajaram resoluções diplomáticas, como os acordos de Minsk. Biden prometeu US$ 60 milhões em ajuda militar à Ucrânia, incluindo o fornecimento de mísseis antitanque Javelin e outras "capacidades defensivas letais e não letais".

Ele expressou preocupações quanto à admissão da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte. Mas, mesmo com essas preocupações, é do interesse dos EUA que a Ucrânia permaneça independente e soberana, e no caminho para uma eventual adesão à Otan.

Zelensky mantém a convicção de que a associação à Otan protegeria a Ucrânia da Rússia. Mas, como Biden disse, uma entrada acelerada da Ucrânia na Otan é improvável por causa dos problemas de corrupção que assolam o governo e a economia ucranianos.

Além disso, o presidente russo, Vladimir Putin, sabe como seria difícil para a Otan admitir a Ucrânia enquanto houver uma guerra acontecendo no leste do país. Portanto, a Rússia fará de tudo para prolongar o conflito no leste da Ucrânia.

Por exemplo, a Rússia tem exibido sua força militar nas recentes demonstrações do Zapad, os exercícios militares em conjunto com Belarus. Os 80 mil soldados russos em torno da Ucrânia fazem pressão persistente, enquanto a Rússia recentemente aumentou sua presença militar em torno das fronteiras da Ucrânia.

A Ucrânia deve absolutamente melhorar os esforços contra a corrupção interna. No entanto, enquanto Biden critica os problemas de corrupção da Ucrânia, está ficando claro que não há tempo para esse tipo de tratamento de "amor duro".

No momento em que a comunidade internacional está questionando sua competência e confiabilidade, Biden deve dar à Ucrânia um plano mais concreto e claro para que o país se torne membro da Otan.

Antes do desastre do Afeganistão, Biden ignorou o conselho de líderes militares, membros da comunidade de inteligência e recomendações dos aliados da Otan.

Para restaurar a confiança na política externa dos EUA, os EUA devem proteger seus parceiros. Isso significa que os EUA devem encorajar a Otan a manter a Ucrânia no caminho de uma eventual adesão, e continuar a armar o país para enfrentar as ameaças contínuas da Rússia.

Os EUA não podem abandonar a Ucrânia como parceira. Mas Biden deve reconhecer que é do interesse do seu país que a Ucrânia se junte à Organização do Tratado do Atlântico Norte.

*Johnathan Little é membro do Programa de Jovens Líderes da Heritage Foundation. Alexis Mrachek é pesquisadora de Rússia e Eurásia na Heritage Foundation.

© 2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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