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Após receber indulto humanitário, ex-presidente peruano deixa hospital

Alberto Fujimori ficou hospitalizado por 12 dias para se tratar de uma ‘enfermidade progressiva, degenerativa e incurável’

O ex-presidente peruano, Alberto Fujimori, deixa a clínica onde ficou hospitalizado pelos últimos doze dias | LUKA GONZALES/AFP
O ex-presidente peruano, Alberto Fujimori, deixa a clínica onde ficou hospitalizado pelos últimos doze dias (Foto: LUKA GONZALES/AFP)

O ex-presidente Alberto Fujimori saiu na quinta-feira (4) da clínica em que estava internado, após ter recebido um indulto humanitário do presidente Pedro Pablo Kuczynski na véspera do Natal, o que gerou uma onda de protestos em todo o Peru.  

Fujimori, de 79 anos, estava em uma cadeira de rodas, acompanhado de seu filho menor, o legislador Kenji. Alberto Fujimori foi condenado em 2009 a 25 anos de prisão pelo assassinato de 25 peruanos realizado por um esquadrão militar clandestino, que atuava sob seu conhecimento, segundo os juízes. Também tinha outras três penas por corrupção.  

Kuczynski concedeu o indulto três dias após uma facção do partido fujimorista, que domina o Parlamento, recuar da tentativa de destituí-lo do cargo. O grupo que salvou o atual presidente é encabeçado por Kenji Fujimori. Com isso, a saída do ex-presidente da prisão foi vista como uma "troca de favores". 

O indulto recebeu críticas internacionais. Um grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas considerou a libertação um "tapa na cara" das vítimas. Fujimori governou o Peru durante uma década e no fim do ano 2000 fugiu para o Japão, acossado por escândalo de corrupção. O Parlamento o retirou do cargo por "incapacidade moral".  

Kuczynski disse que Fujimori foi liberto porque padece de "uma enfermidade progressiva, degenerativa e incurável", mas não foram divulgados detalhes ao público. Em 23 de dezembro, um dia antes de sua soltura, Fujimori foi levado à clínica Centenario, de Lima, com um quadro de "pressão baixa e arritmia". O atual presidente ainda liberou o ex-líder de ter de se submeter a um julgamento próximo pelo homicídio de seis peruanos realizado pelo mesmo grupo de militares, segundo as autoridades.

Com informações da Associated Press.

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