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Às vésperas das eleições gerais que definirão um novo Parlamento e seu novo primeiro-ministro, o Canadá se prepara para uma nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos. O atual premiê canadense, Mark Carney, afirmou que se reunirá com a equipe do presidente Donald Trump já em maio, poucas semanas após o pleito de 28 de abril.
A data foi definida nesta semana, após uma reunião do líder canadense com seu comitê de relações com os EUA, formado pelos ministros encarregados das relações com o país vizinho, para analisar a situação criada pelas tarifas globais impostas pelo presidente americano, Donald Trump.
No caso dos canadenses, os americanos impuseram tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio, além do mesmo valor sobre os carros fabricados no Canadá que não estão incluídos no acordo T-MEC. Em fevereiro, os EUA acusaram o Canadá (conjuntamenta ao México e China) de facilitar o tráfico ilegal de fentanil na fronteira entre os dois países.
Na sexta-feira, Mark Carney explicou que o governo ordenou que funcionários de alto escalão iniciassem “preparações estratégicas em termos de regulamentações e uma resposta estruturada para que as negociações empreendidas pelo novo governo, seja ele qual for, sejam eficientes e eficazes”. “Nossa estratégia é clara: pretendemos combater as tarifas injustificadas dos EUA e proteger nossos trabalhadores e empresas”, afirmou Carney à imprensa.
Candidato do Partido Liberal e sucessor de Justin Trudeau, que renunciou em março deste ano, Mark Carney já dirigiu o Banco do Canadá e o Banco da Inglaterra, e aparece bem colocado nas pesquisas de intenção de voto. “Já há sinais de desaceleração na economia global, bem como um aperto nas condições financeiras (...) Os impactos estão começando a ser sentidos no Canadá. Há sinais negativos no mercado de trabalho”, finalizou.



