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A Apple afirmou nesta quinta-feira que, se as tarifas propostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficarem no nível atual, elas causarão um impacto de cerca de US$ 900 milhões em custos para a empresa no próximo trimestre.
“Não podemos estimar com precisão o impacto das taxas, mas, supondo que as atuais taxas tarifárias globais permaneçam inalteradas para o restante do trimestre, estimamos que o impacto adicionará US$ 900 milhões em nossos custos”, disse o CEO da Apple, Tim Cook, em uma teleconferência com investidores.
Cook esclareceu que essa estimativa “não deve ser usada” para fazer projeções sobre padrões futuros, já que o terceiro trimestre - que para a empresa termina em junho, pois não segue o calendário natural de negócios - também se beneficia de outros fatores.
Além disso, o CEO observou que é “muito difícil” saber o que acontecerá depois de junho, pois ele não sabe “o que acontecerá com as tarifas”, mas enfatizou que a empresa administrará essa perspectiva econômica tomando “decisões ponderadas e deliberadas com foco no investimento a longo prazo e na dedicação à inovação”.
Ele também disse que espera que a maioria dos iPhones vendidos nos EUA venha da Índia, enquanto quase todos os iPads, Macs, Apple Watches e AirPods serão fabricados no Vietnã, dois países com tarifas mais baixas do que as impostas pelo governo Trump à China.
Por outro lado, a China continuará sendo a fonte da grande maioria das vendas totais de produtos fora do país.
A conversa com os investidores ocorreu logo após a Apple divulgar os resultados do segundo trimestre de seu ano fiscal e do primeiro trimestre de 2025, quando aumentou seus lucros em 4,8%, para US$ 24,78 bilhões, enquanto sua receita cresceu 5,07%.
De acordo com Cook, que nos últimos meses tem mostrado uma notável aproximação com Trump, assim como outros líderes de empresas do setor tecnológico, os impostos tiveram um efeito limitado nesses três meses, já que a empresa otimizou sua cadeia de suprimentos e estoque.



