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O arcebispo de Buenos Aires, Jorge García Cuerva, condenou nesta terça-feira (22) as ofensas à vice-presidente da Argentina, Victoria Villarruel, durante uma missa em homenagem ao papa Francisco em Flores, bairro portenho onde nasceu e cresceu o pontífice.
Segundo informações do jornal Clarín, Cuerva presidiu a missa na Igreja de San José de Flores na segunda-feira (21) e, ao final da cerimônia, alguns dos presentes gritaram para que a vice de Milei fosse “levada” do lugar e cantaram uma canção chamando-a de “nazista”.
Uma repórter da emissora TN, Giuliana Salguero, foi insultada e empurrada por uma mulher na porta da igreja, informou o Clarín.
“Quando a vice-presidente saiu, depois que todos falaram sobre diálogo, sobre a necessidade de nos respeitarmos, sobre estarmos juntos, e depois que vi políticos de diferentes grupos se cumprimentando durante a saudação da paz, um grupo minoritário foi muito violento, atacando a vice-presidente”, disse Cuerva numa coletiva de imprensa.
“Até cuspiram, como se dissessem: ‘Acabamos de fazer uma celebração e dissemos uma coisa, mas estão fazendo outra’. Mas, bem, deixem [os agressores] para lá. Prefiro me concentrar nas pessoas que estão se despedindo do papa Francisco, pessoas que o amam, que o amaram e que sempre o amarão”, acrescentou o arcebispo.
“A melhor homenagem é escolher a união, que não significa pensar da mesma maneira, mas fundamentalmente respeitarmos uns aos outros”, destacou Cuerva.
Apesar de ser vice de Milei, Villarruel se distanciou do presidente e trocou farpas com o mandatário pela imprensa. No final do ano passado, o libertário disse que sua vice “não tem nenhuma influência na tomada de decisões” do seu governo e que ela “é próxima da casta” – como Milei se refere aos políticos “de carreira”.







