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O presidente da Argentina, Javier Milei, classificou nesta quinta-feira (24) o papa Francisco, falecido na segunda-feira (21), como o “argentino mais importante da história”.
"Goste a quem gostar, o papa Francisco, Jorge Bergoglio, foi o argentino mais importante da história da Argentina. Ele se tornou o líder espiritual de mais de 1,5 bilhão de seres humanos", disse o milei à Radio Rivadavia.
O mandatário argentino deve viajar nos próximos dias a Roma para o funeral de Estado do pontífice, que deverá ser sepultado no sábado (26). Neste momento, o corpo do papa está sendo velado na Basílica de São Pedro, onde mais de 90 mil fiéis já tiveram a oportunidade de vê-lo pela última vez.
"Tivemos o privilégio de ele ser argentino e, como chefe de Estado, não posso deixar de comparecer a um evento com essas características, especialmente porque o povo argentino é um povo católico", justificou o presidente argentino, que também se referiu ao falecido papa como "uma pessoa de enorme importância".
Milei enfatizou que espera "representar à altura das circunstâncias os argentinos, que têm uma fé católica e que basicamente viram no papa Francisco um líder que era claramente um líder impressionante".
"Quando o conhecemos depois, aqueles de nós que tiveram a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e saber como ele age na política internacional e assim por diante, sabemos a estatura política que ele tinha", acrescentou o presidente.
Ao receber a notícia da morte do papa, o governo argentino decretou sete dias de luto nacional e suspendeu as agendas executivas e legislativas da semana.
Antes de se tornar presidente, quando ainda era deputado, Milei criticava duramente o papa Francisco, acusando-o de ser "cúmplice dos esquerdistas assassinos" e "representante do maligno na Terra", além de chamá-lo de "comunista".
O presidente mudou, contudo, seu tom quando chegou à Casa Rosada, em dezembro de 2023, e até visitou Francisco no Vaticano.
Nas declarações desta quinta-feira, Milei se defendeu das críticas recebidas nos últimos dias devido ao número de membros de seu gabinete que viajarão com ele e argumentou: "Somos a comitiva mais austera e menor da história".
O chefe de gabinete, Guillermo Francos, o ministro das Relações Exteriores e Culto, Gerardo Werthein, a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, e o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, que retornará à Argentina na manhã de domingo, viajarão com o presidente.







