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Performance artística pela libertação do artista cubano Hamlet Lavastida, em festival de arte contemporânea em Madri, Espanha, 8 de julho
Performance artística pela libertação do artista cubano Hamlet Lavastida, em festival de arte contemporânea em Madri, Espanha, 8 de julho| Foto:

O artista plástico cubano Hamlet Lavastida, declarado preso de consciência pela Anistia Internacional, foi liberto no sábado passado, após quase três meses detido, e viajou imediatamente com destino à Polônia, informou uma fonte próxima ao caso à Agência Efe.

Lavastida foi transferido da prisão diretamente para o aeroporto de Havana e partiu rumo a Varsóvia acompanhado da esposa, a poeta e Katherine Bisquet, que nos últimos meses estava sob prisão domiciliar devido ao ativismo em oposição ao governo.

Bisquet denunciou que o regime cubano obrigou o casal a deixar o país. "A polícia política nos impôs o exílio como única opção para a soltura de Hamlet", afirmou a escritora em publicação no Facebook, após chegar à Europa no domingo. Ela disse ainda que a saída do país "era a moeda de troca" para a libertação do casal.

O criador e ativista de direitos humanos de 38 anos, conhecido por incluir críticas ao governo cubano em seus trabalhos - como vídeos, colagens, intervenções públicas e instalações -, foi preso em 26 de junho, dias depois de voltar de Berlim a Cuba.

Desde então, o artista estava recluso em uma prisão em Havana conhecida como Villa Marista acusado de "instigação a delinquir".

As autoridades disseram à sua família que ele estava sendo investigado por uma conversa privada no grupo de artistas da oposição 27N no aplicativo Telegram, onde propôs marcar cédulas com logotipos do Movimento San Isidro e do 27N, iniciativa que nunca se concretizou.

De acordo com o governo, Lavastida "tem incitado e apelado a ações de desobediência civil em público, utilizando redes sociais e influência direta sobre os outros", de acordo com o site estatal "Razones de Cuba".

Ativistas e organizações de direitos humanos como Anistia Internacional e Human Rights Watch têm denunciado persistentemente um aumento da repressão dos dissidentes, especialmente aqueles ligados ao mundo da arte e do entretenimento, que afirmam sofrer regularmente detenções e prisões domiciliares.

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