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Crime

Assassinos de jornalista da Rússia são condenados à prisão perpétua

Anna Politkovskaya, uma das jornalistas mais críticas ao Kremlin, foi morta por dois chechenos em 2006

Os dois autores do assassinato em 2006 da jornalista russa Anna Politkovskaya, uma das mais críticas ao Kremlin, foram condenados à prisão perpétua, informaram nesta segunda-feira (9) os veículos de imprensa russos.

O checheno Rustám Majmúdov, autor do assassinato, e seu tio, Lom-Ali Gaitukáev, que teria sido o mentor do crime, passarão o resto de suas vidas em uma prisão de segurança máxima após serem declarados culpados pelo Tribunal Municipal de Moscou.

Ambos foram catalogados na resolução do juiz como "extremamente perigosos para a sociedade".

Por sua vez, os irmãos de Rustám Majmúdov, Ibraguim e Dzhabrail Majmúdov, envolvidos no assassinato, foram condenados a 14 e a 12 anos de prisão, respectivamente.

O ex-policial Sergei Jadzhikurbánov, que teria se encarregado de coordenar o assassinato em Moscou, passará 20 anos atrás das grades.

Ainda não se sabe quem encomendou o assassinato, mas a Procuradoria-Geral continua em sua busca.

Tanto a família de Politkovskaya quanto a direção da "Nóvaya Gazeta", onde a jornalista trabalhou, puseram várias vezes em dúvida que os acusados sejam os únicos organizadores do assassinato e criticaram a falta de transparência na investigação oficial.

Por isso, o procurador-geral da Rússia, Yuri Chaika, assegurou que esclarecer o assassinato de Politkovskaya era "uma questão de honra".

Em 2009, um júri popular absolveu por unanimidade os irmãos chechenos Ibraguim e Dzhabrail Majmúdov e o oficial do Ministério do Interior Jadzhikurbánov de qualquer envolvimento no assassinato.

Outro policial, Dmitri Pavliuchenkov, já foi condenado a 11 anos de prisão como organizador do assassinato da repórter, que trabalhava desde 1999 para o jornal.

Aparentemente, quando estava em serviço, Pavliuchenkov ordenou a seus subordinados vigiar a jornalista para estabelecer seus padrões diários de atividades.

O assassinato de Politkovskaya, que nasceu em Nova York em 1958, aconteceu quando a jornalista elaborava um artigo sobre as torturas sistemáticas na Chechênia, que foi publicado por seus colegas cinco dias após sua morte.

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