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Casa Branca minimiza resolução da ONU sobre embargo contra Cuba

Resolução foi aprovada menos de uma semana depois de o presidente George W. Bush ter anunciado sua decisão de manter a medida contra o regime de Fidel Castro.Leia a matéria completa

A Assembléia Geral da ONU pediu nesta terça-feira aos Estados Unidos por quase unanimidade o fim ao embargo comercial e financeiro aplicado contra Cuba há 45 anos.

Uma resolução sobre a "necessidade de pôr um ponto final ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba" recebeu 184 votos a favor, 4 contra e uma abstenção.

O apoio a Cuba esse ano foi maior que do ano passado, quando uma resolução similar recebeu o respaldo de 183 países.

Em seu primeiro discurso sobre Cuba desde 2003, o presidente americano George W. Bush anunciou, na semana passada, que irá manter o embargo, enquanto não ocorram "mudanças" políticas na ilha, governada de forma provisória por Raúl Castro desde que em julho de 2006 o líder Fidel Castro se afastou do poder por problemas de saúde.

O chanceler cubano Felipe Pérez Roque se absteve de responder na Assembléia Geral ao discurso de Bush, ainda que tenha citado as "ameaças recentes" e tenha assegurado que "Cuba não irá se render".

Segundo Roque, o bloqueio já causou um prejuízo de "222 bilhões de dólares", desde seu início, em 1962.

"O governo dos Estados Unidos proibiram as companhias americanas de prover serviços de internet a Cuba", afirmou Roque.

Outros países respaldaram a posição cubana, incluindo México, Vietnã, África do Sul e China. A Venezuela, através do embaixador Jorge Valero, disse que o discurso recente de Bush é uma "nova e vã tentativa de derrotar a revolução e reconquistar Cuba".

O representante do Egito Maged Abdelaziz, em nome dos países não-alinhados, afirmou que o embargo "além de ser unilateral e contrário a Carta da ONU, ao direito internacional e ao princípio da boa vizinhança, está causando danos materiais e econômicos ao povo de Cuba".

O grupo dos 77, através do representante paquistanês Farukh Amil, pediu que os Estados Unidos "substituam a política de embargo pelo diálogo e a cooperação".

A resolução aprovada "solicita aos Estados Unidos que tomem as medidas necessárias para revogar o embargo ou torná-lo sem efeito".

A Assembléia Geral das Nações Unidas reiterou que este tipo de sanção é contrário à "Carta das Nações Unidas e ao direito internacional que reafirma, entre outros itens, a liberdade de comércio e navegação".

As sanções econômicas americanas contra Cuba datam de 1962 e foram implementadas pelo então presidente John Kennedy.

Ela foi a primeira de uma série de medidas de caráter econômico e comercial que pretendem abalar o regime de Fidel Castro, como a lei Helms-Burton, a lei Torricelli e as restrições às viagens da ilha.

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