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Os astronautas do ônibus espacial Discovery abandonaram a missão de dobrar um dos painéis solares montados há mais de seis anos na Estação Espacial Internacional (ISS). As autoridades da Nasa afirmaram que a tarefa foi concluída parcialmente. O resultado permite a continuação da montagem do novo sistema elétrico. Mesmo sem conseguir dobrar o painel de cerca de 30 metros, o trabalho dos astronautas permitiu a sua rotação, pela primeira vez desde que foi instalado.

- Para nós, foi um sucesso. Observamos a rotação das placas e estamos muito felizes - informou aos astronautas do Discovery o astronauta Steve Robinson, do controle da missão, em Houston.

A Nasa tinha informado que as dobras do painel não tinham voltado à forma original. O objetivo da tarefa era dar espaço para a instalação de uma base rotatória, permitindo que as placas continuem expostas ao sol e aproveitem ao máximo seus raios para fornecer energia elétrica à nave.

Um porta-voz afirmou que o problema não altera a previsão das próximas caminhadas espaciais da missão de 12 dias do Discovery. Os astronautas Robert Curbeam e Christer Fuglesang vão montar uma nova rede de cabos para aproveitar a energia elétrica proporcionada pelos painéis solares instalados este ano pelos astronautas do Atlantis. Depois, vão acrescentar um novo módulo à estrutura central da ISS.

As dificuldades para dobrar os painéis solares tinham sido previstas pelos engenheiros da Nasa. Para eles, é como tentar voltar a dobrar um mapa para guardar no seu envelope original.

- Não é tão fácil como parece. Até agora isso nunca tinha sido feito no vácuo - disse uma fonte da agência espacial americana.

A fadiga de materiais causada por seis anos de variações térmicas piora a situação. As placas são expostas a temperaturas que vão de -128 a 93 graus em apenas 45 minutos. Isso provoca rigidez nos cabos.

As autoridades da Nasa afirmaram que esta missão é uma das mais complexas desde que a ISS entrou em órbita, em 1998.

A Estação Espacial Internacional é uma iniciativa conjunta da Nasa, da Agência Espacial Européia, Rússia, Japão e Canadá, com um custo de mais de US$ 100 bilhões.

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