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Astronautas do ônibus espacial Atlantis retornaram ao Telescópio Espacial Hubble nesta segunda-feira para sua última caminhada no espaço, dessa vez para instalar novas baterias, escudos térmicos e um sensor para apontar alvos celestes de pesquisas.

O líder da caminhada espacial, John Grunsfeld, e seu parceiro Andrew Feustel saíram do Atlantis às 9h30 (de Brasília), quase uma hora antes do previsto.

"Ok, Drew. Vamos ser produtivos", disse Grunsfeld quando eles se encaminhavam ao Hubble.

Seu trabalho principal é substituir três das baterias do Hubble e um de seus sensores rastreadores de estrelas, que são usados para fazer o observatório mirar alvos celestiais.

Os astronautas também esperam dar conta de parte do trabalho que ficou sem fazer na caminhada no espaço realizada no domingo por seus colegas Michael Massimino e Michael Good, que enfrentaram problemas com equipamentos em sua tentativa de reativar um dos instrumentos científicos do Hubble que tinha parado de funcionar.

O Espectrógrafo de Imageamento do Telescópio Espacial, conhecido como STIS, era usado para procurar buracos negros e vasculhar o gás e a poeira entre galáxias, até deixar de funcionar em 2004 devido a uma falha elétrica.

O porta-voz da Nasa Rob Navias disse que testes feitos com o instrumento mostraram que o conserto foi bem-sucedido.

Grunsfeld e Feustel pretendem substituir o restante das baterias do Hubble. Três das seis baterias foram substituídas na quinta-feira, na primeira caminhada no espaço feita na missão.

A troca das três baterias restantes vai concluir os objetivos principais da Nasa na missão, a quinta e última missão de manutenção do Hubble antes da frota de ônibus espaciais ser aposentada, no próximo ano.

A tripulação do Atlantis pretende recolocar o Hubble em órbita na terça-feira e retornar na sexta-feira ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Em quatro caminhadas anteriores no espaço, os astronautas instalaram uma nova câmera e espectrógrafo, substituíram o sistema de posicionamento do Hubble, consertaram dois instrumentos e instalaram um anel de acoplamento, de modo que naves espaciais robóticas possam ser enviadas para tirar o Hubble de órbita no final de sua vida operacional.

A expectativa é que os consertos conservem o Hubble na vanguarda da exploração científica por pelo menos cinco anos, para que possa funcionar em conjunto com o Telescópio Espacial James Webb, que vai tomar seu lugar.

Grunsfeld e Feustel também esperam ter tempo para instalar dois escudos metálicos sobre as baías de instrumentos do telescópio, para ajudar a proteger o observatório do ambiente inóspito do espaço. Um dos escudos estava previsto para ser instalado no domingo, mas faltou tempo para isso.

A Nasa projetou coberturas para três áreas do telescópio e espera que pelo menos duas delas sejam instaladas na segunda-feira.

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