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Multidão sai em procissão com corpo de uma das vítimas | REUTERS/Mysraa Al-Misrai/Shaam News Network/Handou
Multidão sai em procissão com corpo de uma das vítimas| Foto: REUTERS/Mysraa Al-Misrai/Shaam News Network/Handou

Mais de 60 de civis foram mortos neste domingo (23) em um ataque aéreo perto de uma padaria de uma localidade rebelde no centro da Síria, informaram o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e ativistas. O balanço pode aumentar, já que, pelo menos 50 feridos se encontram em estado crítico, informou a ONG opositora, com base em uma rede de militantes e de médicos.

"Dezenas de civis foram mortos em um ataque de caças-bombardeiros do Exército sírio em Halfaya, na província de Hama", indicou o OSDH, enquanto ativistas afirmaram à AFP que o bombardeio teve como alvo uma padaria.

A rede de militantes anti-regime dos Comitês de Coordenação Locais (CCL) evocou um massacre "cometido pelas forças do regime, que causou dezenas de mortes, incluindo de mulheres e crianças, e dezenas de feridos, após bombas serem direcionadas à padaria da cidade".

Os CCL também explicaram que Halfaya enfrenta uma verdadeira crise humanitária com a falta de pão, provocada pelos ataques das tropas do governo, e que dezenas de pessoas se reuniram em frente à padaria no momento do ataque depois de vários dias sem o alimento.

Em um vídeo postado por ativistas, é possível ver muitos corpos entre os escombros de um edifício destruído.

Um homem carrega em suas costas uma mulher ensanguentada, enquanto o cinegrafista diz: " Olha, mundo, olha, o massacre de Halfaya".

Em 30 de agosto, a organização Human Rights Watch acusou as tropas do regime de cometer crimes de guerra, ao lançarem em três semanas bombas em pelo menos 10 padarias de Aleppo, no norte do país.

Segundo a ONG, que visitou seis dessas padarias e entrevistou testemunhas, os ataques contra as filas na entrada das padarias já causaram a morte de dezenas de civis, incluindo 60 pessoas no distrito de Askar Qadi, em Aleppo, em 16 de agosto.

A Síria vive desde março de 2011 uma revolta que se transformou em conflito armado. Em 21 meses, mais de 44 mil pessoas morreram em meio à violência, segundo o OSDH.

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