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Quênia

Ataques a igrejas no Quênia deixam 17 mortos

Outras 45 pessoas foram feridas em ataques simultâneos em Garissa, ao norte do país

Ao menos 17 pessoas morreram no domingo em ataques com armas e granadas contra duas igrejas em cidades do Quênia, usada como base para operações contra insurgentes ligados à Al Qaeda na Somália.

Outras 45 pessoas foram feridas em ataques simultâneos em Garissa, ao norte do Quênia, país africano que tem sofrido uma série de ataques desde o envio de tropas para a Somália em outubro passado para reprimir militantes somalis al Shabaab.

Nenhum grupo admitiu a responsabilidade pelos ataques.

A polícia suspeita que os ataques possam ter sido feitos por simpatizantes do al Shabaab ou bandidos, mas que ainda é muito cedo para precisar. Na Somália, o al Shabaab recusou comentar o assunto.

Os autores dos ataques usavam máscaras, segundo um representante da polícia de Garissa disse à Reuters.

Embora a maioria dos quenianos seja cristã, Garissa tem mais muçulmanos.

A cidade de 150 mil habitantes tem parte relevante de sua população de etnia somali.

Repúdio

O Vaticano condenou neste domingo como "um fato horrível e muito preocupante" e de uma "covardia inclassificável" os ataques a duas igrejas.

"Os atentados sangrentos no Quênia, na cidade de Garissa, contra duas igrejas cristãs, entre elas a catedral católica, durante a oração dominical, são um fato horrível e muito preocupante", declarou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, à Rádio Vaticano.

O porta-voz se manifestou a sua preocupação com o fato de "parecer que entre os grupos terroristas, os ataques aos cristãos reunidos no domingo em seus locais de culto se tornaram um método considerado particularmente eficaz para a difusão do ódio e do medo".

"A covardia da violência cometida contra pessoas inocentes reunidas pacificamente em oração é inclassificável", acrescentou o padre Lombardi.

O porta-voz manifestou sua solidariedade às vítimas e aproveitou para "reafirmar e defender com convicção a liberdade religiosa dos cristãos".

"Precisamos nos opor aos atos irresponsáveis que alimentam o ódio entre as diversas religiões, e agir eficazmente em favor de uma solução duradoura para os problemas dramáticos da Somália, que têm reflexo na região" dos ataques, disse o porta-voz.

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