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Israel realizou bombardeios aéreos e os palestinos lançaram morteiros na segunda-feira na Faixa de Gaza, apesar do cessar-fogo em vigor. O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse no entanto que não há uma retomada iminente da ofensiva em vista.

Respondendo aos esforços egípcios de mediar uma trégua de longo prazo, um porta-voz do Hamas disse que o grupo islâmico, que governa a Faixa de Gaza, estaria disposto a suspender as hostilidades durante um ano caso Israel suspenda o bloqueio ao território e reabra suas fronteiras.

Em Rafah, perto da fronteira Gaza-Egito, a aviação israelense bombardeou um carro onde um militante morreu e três ficaram feridos, segundo fontes médicas. Eles foram identificados como membros dos Comitês de Resistência Popular.

Os militares israelenses disseram que o alvo era um esquadrão que disparou dois morteiros contra o sul de Israel. Um porta-voz dos Comitês de Resistência Popular disse que o militante morto era o líder de um esquadrão de lançamento de foguetes.

No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, prometeu uma reação "desproporcional" aos foguetes disparados contra o sul do seu país, o que segundo militantes é uma retaliação por ataques recentes.

Já Barak afirmou que Israel não quer uma guerra total. "Não é nossa intenção ter uma operação Lança-Chumbo 2", disse ele, aludindo ao codinome da ofensiva israelense de 22 dias, entre dezembro e janeiro.

"Dissemos que haveria uma reação, e houve uma reação ontem à noite", disse Barak, referindo-se aos bombardeios de domingo.

Suas declarações entram em choque com comentários da ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, adversária de Barak nas eleições israelense do dia 10.

"Vamos continuar atacando o Hamas. E nosso objetivo estratégico não pode ser aceitar sua existência", disse ela em discurso.

"Se uma dissuasão não for obtida ao final da campanha, vamos continuar a fazê-lo até que entendam o recado. Vamos reagir a cada ataque, a cada disparo contra Israel, a cada ataque contra a soberania israelense, e continuaremos a agir se houver necessidade", disse ela.

Barak, do Partido Trabalhista (centro-esquerda), e Livni, do Kadima (centro), são candidatos a primeiro-ministro na eleição da semana que vem. As pesquisas, no entanto, preveem a vitória do candidato do Likud (direita), Benjamin Netanyahu.

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