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Mais de 20 civis foram mortos nos ataques do Afeganistão | Reuters
Mais de 20 civis foram mortos nos ataques do Afeganistão| Foto: Reuters

Ataques violentos no norte, sul e leste do Afeganistão mataram mais de 20 civis e feriram vários outros, conforme o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se prepara para anunciar uma revisão de sua estratégia para uma guerra que já dura quase uma década.

A mais recente série de ataques ocorre próximo ao final do ano mais mortal desde derrubada do Taliban, com a escalada da violência custando vidas de um número recorde tanto de afegãos quanto de tropas estrangeiras.

Obama disse em visita ao país na semana passada que as tropas estão fazendo um "importante progresso". Pouco depois, o secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates, afirmou em Cabul estar convencido de que a guerra está no caminho certo.

No sul afegão, uma bomba à margem de uma estrada matou 15 civis, e um carro-bomba feriu cinco policiais. No norte, um suicida dirigindo uma viatura policial feriu nove pessoas, enquanto no leste sete homens morreram em um acidente que levou centenas de pessoas às ruas da cidade de Gardez em protesto, que acabou se tornando violento.

Policiais e manifestantes, ambos armados, provocaram uns aos outros e atearam fogo em barricadas de pneus, o que deixou as ruas tomadas por fumaça. Seis civis e dois policiais foram feridos, disse Nader Noori, médico do hospital de Gardez.

Autoridades locais afirmaram que um ataque aéreo da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf, na sigla em inglês) - órgão comandado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)- mataram sete funcionários de uma empresa de construção de rodovias ao longo da noite.

A Isaf disse que as tropas afegãs e estrangeiras foram abordadas e, em seguida, baleadas por homens armados enquanto caçavam um insurgente. Os soldados revidaram, matando sete.

"A força de segurança... está atualmente avaliando quem eram os indivíduos, por que eles estavam armados e por que eles estavam na área naquele período da manhã", afirmou a Isaf em comunicado.

Apesar da presença de cerca de 150 mil soldados estrangeiros, o número de mortos tem crescido rapidamente neste ano.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 1.271 civis morreram nos primeiros seis meses deste ano, um quinto a mais que no mesmo período de 2009. Cerca de 680 soldados foram mortos até agora em 2010, em torno de um terço das mortes contabilizadas desde o início da guerra.

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