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Bagdá (AE/AP) – Rebeldes sunitas mataram ontem pelo menos 10 pessoas, entre elas mulheres e crianças, e feriram outras 41 em um atentado com carro-bomba contra um lotado mercado de frutas e verduras na cidade xiita de Hilla, 95 quilômetros ao sul de Bagdá. Em dois dias de atentados no Iraque, 113 pessoas foram mortas.

Policiais e soldados iraquianos isolaram o mercado ao ar livre, enquanto as equipes de emergência socorriam os feridos em meio a poças de sangue.

"Vi uma bola de fogo saindo do mercado e verduras e pedaços de corpos sendo lançados para o ar", disse Jawad Khazim, de 45 anos. Ele condenou os rebeldes por tentar matar os xiitas e disse que não entendia por que eles atacaram um mercado onde pessoas das minorias sunitas e cristãs poderiam estar lá também.

Ainda ontem, as forças de segurança iraquianas prenderam uma mulher que levava explosivos sob suas roupas quando ela se dirigia a um mercado de Bagdá, informou o general iraquiano Khalil Khalaf. A prisão ocorreu dias depois que outra mulher detonou os explosivos que levava presos ao corpo em um posto de recrutamento militar na cidade nortista de Tal-Afar, matando 6 pessoas. Teme-se que o uso de mulheres suicidas seja uma nova estratégia dos rebeldes.

Na sulista cidade de Basra, uma caravana policial foi atacada na noite de quinta-feira. Quatro policiais iraquianos morreram e um ficou ferido.

A Al-Qaeda no Iraque, do jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, o mais temido grupo rebelde do país, assumiu ontem a autoria do atentado de quinta-feira na cidade xiita de Balad, ao norte de Bagdá, em um comunicado divulgado em um site islâmico. Três suicidas detonaram quase simultaneamente carros-bomba no centro dessa cidade, matando pelo menos 99 pessoas e ferindo outras 150 disseram policiais e fontes de hospitais.

Em seu comunicado, a Al-Qaeda no Iraque disse que os três carros-bomba tinham como objetivo matar agentes da polícia e da guarda nacional.

Os rebeldes sunitas lançaram uma nova onda de violência com o objetivo de prejudicar o referendo de 15 de outubro sobre a nova Constituição do Iraque. O principal alvo é a maioria xiita, que agora domina o governo iraquiano.

Os sunitas representam apenas 20% da população, mas eles podem derrubar o projeto de Constituição. Se dois terços dos eleitores de 3 das 18 províncias votarem "não" o referendo fracassará, mesmo se ele for aprovado nas outras províncias. Os sunitas são maioria em quatro províncias.

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