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A explosão de uma bomba nesta terça-feira (13) na sede do Congresso filipino matou 3 pessoas, além de ferir outras 15 pessoas, entre elas dois legisladores.

O presidente da Câmara Baixa filipina, José de Venecia, confirmou que foi um "ato terrorista", embora não tenha atribuído o ocorrido a nenhum grupo em particular.

Geary Barias, chefe da Polícia de Metro Manila (região metropolitana de Manila), identificou as vítimas como Wahhab Akbar, deputado muçulmano e ex-governador de província de Basilan, e seu motorista, Marcial Calvo.

Akbar já foi alvo de atentados no passado por parte da organização radical islâmica Abu Sayyaf, sediada no sul do arquipélago e tida como grupo terrorista pelos Governos dos Estados Unidos e das Filipinas.

A explosão da bomba aconteceu no pórtico da ala sul do complexo por volta das 20h15 (10h15 de Brasília), segundo disseram fontes policiais.

Pelo menos três carros ficaram queimados devido à explosão, registrada quando a sessão no plenário do Congresso estava prestes a terminar. Os congressistas retornaram do recesso no dia 5 de novembro.

A explosão destruiu parte do teto do pórtico e causou um incêndio que ainda está sendo controlado por bombeiros de Quezon City, onde fica a sede do Parlamento filipino.

O incidente ocorreu num momento em que a presidente Gloria Macapagal Arroyo tenta impedir que o Congresso leve adiante um processo de destituição por acusações de corrupção e violação dos direitos humanos, a terceira moção de censura nos últimos três anos.

Incapaz

A oposição quer que Arroyo seja declarada incapaz de governar devido a seu envolvimento com o escândalo de corrupção associado ao polêmico contrato multimilionário assinado entre o Governo e a companhia chinesa ZTE para a instalação de uma rede nacional de internet banda larga.

A Polícia informou que tem indícios de que a bomba estava em uma motocicleta estacionada perto da entrada do prédio e que ficou destruída na ação.

O chefe da Polícia metropolitana acrescentou que a investigação preliminar aponta que a bomba foi ativada por controle remoto.

Os dois congressistas feridos são Henry Teves (Negros Oriental) e Luzviminda Ilagan, do grupo feminista Gabriela, sendo que Teves foi internado em estado crítico num hospital próximo.

Segundo testemunhas, os feridos seriam funcionários dos gabinetes pessoais dos deputados, como ajudantes, motoristas e guarda-costas.

Arroyo mandou que o diretor da Polícia Nacional, general Avelino Razon, se encarregue pessoalmente da investigação do episódio. Sua primeira medida foi declarar o estado de alerta máximo em toda Metro Manila.

O atentado ocorre no momento em que os corpos de segurança filipinos ainda investigam a causa de outra explosão que, no dia 19 de outubro, matou onze pessoas em um centro comercial do distrito financeiro da capital.

O ataque inicialmente foi atribuído a uma bomba e, depois, a um vazamento de gás.

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