Insurgentes mataram na quarta-feira pelo menos dois guardas de uma usina hidrelétrica do sul da Rússia, detonando bombas que paralisaram a produção energética no local.
Foi mais um golpe contra os esforços do Kremlin para conter a insurgência islâmica no Norte do Cáucaso. Os rebeldes têm ameaçado alvos da infraestrutura econômica russa, além de policiais e civis.
Quatro pessoas armadas atacaram a usina de Baksanskaya, na região de Kabardino-Balkaria, por volta de 22h de terça-feira (hora de Brasília; madrugada de quarta na região), disseram as autoridades em nota. Os agressores teriam matado a tiros dois seguranças, antes de colocarem várias bombas no salão de turbinas da hidrelétrica.
A TV estatal mostrou os bombeiros combatendo um incêndio, e uma coluna de fumaça sobre a represa. A imprensa local disse que o fogo levou quase três horas para ser controlado.
"Isso mostra que a escória do terrorismo não só não está cedendo como está se expandindo geograficamente", disse Gennady Gudkov, vice-presidente da comissão de segurança do Parlamento russo.
Kabardino-Balkaria vinha sofrendo relativamente poucos ataques, mas a região fica perto da Chechênia, da Inguchétia e do Daguestão, áreas de maioria islâmica e forte atividade insurgente.
A estatal Rushydro, que opera a usina, atribuiu as explosões a um "ato terrorista".
Três geradores foram afetados, paralisando a produção de energia, disse o Kremlin em nota.
O Serviço Federal de Segurança (SFS) informou que a segurança nas principias instalações da região foi reforçada. "Temo que esse tenha sido um ensaio para algo muito maior", disse Alexander Torshin, membro do Comitê Nacional Antiterror do SFS a uma rádio.
Analistas dizem que o ataque é parte da promessa dos rebeldes de sabotar a infraestrutura russa, em meio à luta pela criação de um califado islâmico em todo o Norte do Cáucaso.



