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A explosão simultânea de dois carros-bomba no centro de Bagdá nesta segunda-feira (22) deixou pelo menos 88 mortos e mais de 160 feridos, segundo fontes médicas e policiais iraquianos.

Este atentado é um dos mais graves ocorridos em Bagdá em um período de menos de uma semana. No dia 16, um ataque com carros-bomba matou 70 pessoas e deixou mais de 110 feridas, a maioria estudantes, na entrada da Universidade Al Mustansiriya.

As explosões aconteceram no momento em que os Estados Unidos enviam reforços ao Iraque com o objetivo de enfentar a violência que afeta o país, principalmente a religiosa, e que provocou milhares de mortes em 2006.

O mercado atacado nesta segunda-feira é especializado na venda de roupa de segunda mão, assim como em fitas piratas de cinema. No momento do atentado, às 12h30 (7h30 de Brasília), o local estava cheio de gente.

Segundo os primeiros relatórios, os terroristas abandonaram dois veículos carregados com explosivos, o que descarta a participação de suicidas.

As explosões queimaram 30 carros estacionados nas imediações e causaram grandes danos materiais na área, no coração de Bagdá, e que já havia sido alvo de outros atentados. As explosões foram tão potentes que puderam ser ouvidas em outros bairros da capital.

Ambulâncias, carros de polícia e automóveis de civis ajudaram a evacuar dezenas de vítimas, segundo várias testemunhas.

Restos dos corpos das vítimas ficaram espalhados pela praça, enquanto vários cadáveres estavam totalmente carbonizados, dificultando sua identificação.

O Ministério da Saúde declarou estado de emergência em todos os hospitais da capital para garantir o atendimento dos feridos.

O bairro e o mercado foram ocupados por xiitas nos últimos meses, especialmente depois das operações de limpeza étnica realizadas em toda a cidade após o bombardeio de um mausoléu xiita na cidade de Samarra, em fevereiro. Anteriormente, a Praça Tahrir era uma zona mista, mas com predomínio da população sunita.

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